Fim do must-carry seria fim das operadoras locais, diz ABTA

Alexandre Annenberg, diretor executivo da ABTA, aproveitou a sua participação no segundo dia da Conferência Nacional Preparatória de Comunicações, realizada no Congresso Nacional esta semana, para criticar abertamente a colocação de cotas de programação na TV paga, idéia levantada pelo deputado Jorge Bittar (PT/RJ). Ele lembrou que hoje já são produzidos cem canais locais pelas diferentes operadoras e que o conteúdo nacional, quando disponível, tem grande espaço na programação de TV paga. "Temos que falar de incentivos, não de imposições".

Annenberg também alertou para o risco que é o fim do must-carry dos canais abertos. "O fim do must-carry é o fim dos operadores locais de cabo", afirmou, referindo-se ao dispositivo legal que obriga as operadoras de TV paga a distribuir o sinal das geradoras de TV abertas de cada localidade. Os radiodifusores estão pressionando pelo fim dessa regra para poder cobrar pelos seus sinais.

A ABTA voltou a manifestar sua preocupação com relação à concorrência com empresas de telecomunicações. "Convergência é usar a mesma rede para múltiplos serviços, não é a aquisição de múltiplas redes. Quando se investe em própria rede, estimula-se a concorrência. Quando se adquire uma rede, elimina-se a concorrência", disse Annenberg.

As informações são da Tela Viva News.

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