Inclusão digital é internet pública e gratuita, diz consultor da Câmara

O Brasil precisa de uma Internet Pública, em que todos possam se conectar, inclusive quem não pode pagar. A proposta é de Vilson Vedana, consultor legislativo da Câmara, que participou hoje da Conferência Nacional Preparatória de Comunicações, no Senado e abordou a necessidade de revisão dos conceitos de inclusão digital, e a formulação de uma política de Estado para a inclusão digital.

Vedana disse que a criação de telecentros e de internet nas escolas é importante, mas não são medidas de inclusão digital. “Pode até ser um passo para a inclusão”, admitiu. Na visão dele, nenhuma das alternativas pode propiciar 23h de conexão mensal, como é o caso do uso desse serviço nos lares brasileiros. “As pessoas querem internet em casa”, afirmou.

Segundo Vedana, para levar internet na residência das pessoas, será preciso primeiro superar algumas dificuldades como, por exemplo a questão da renda. De acordo com informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), 60% dos municípios brasileiros têm renda média de até R$ 1.100,00 e não podem arcar nem com a prestação de um computador. “Se quisermos inclusão digital e internet em todos os lares, precisamos dar uma internet para quem não pode pagar”, sugeriu.

Outras duas dificuldades apontadas pelo consultor dizem respeito à conexão e ao monopólio, por parte das teles, sobre a infra-estrutura de redes. Ele destaca que a conexão não chega em mais da metade dos municípios, e as teles são donas de toda a infra-estrutura de telecomunicações, mas não têm obrigações legais e contratuais de universalizar a banda larga.

Como forma de aumentar essa inclusão digital, Vedana sugeriu mudanças na Lei do Fust (Fundo de Universalização das Telecomunicações) e a realização do leilão do WiMax, entre outras medidas.

As informações são de Luiz Henrique Ferreira, da Tele Síntese.

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