Fusão Radiobrás-TVE não terá custo adicional para contribuinte, diz assessor

Rio de Janeiro – O financiamento da nova empresa de comunicação pública do governo federal não trará qualquer custo adicional ao cidadão. A afirmação é do assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Eduardo Castro. Segundo ele, diferentemente do que ocorre em outros países como a Inglaterra, os ouvintes não terão que pagar taxas extras para manter o novo sistema público.

Em entrevista ao programa Redação Nacional, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Castro disse que a nova empresa, que surgirá da fusão entre a Radiobrás e a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), continuará sendo mantida pelo orçamento da União, mas também terá outras fontes de financiamento. Segundo o assessor, entre essas outras fontes estão o estabelecimento de parcerias, incentivos e patrocínios institucionais.

Este novo sistema, que deve ser implantado até o final do ano, não se estrutura pela lógica comercial, ou seja, busca uma organização que não seja submetida à interferência da iniciativa privada e aos interesses do governante, afirmou Castro.

“A comunicação pública é paga pelo estado, porque nós pagamos os nossos impostos e com isso temos o direito de ter uma comunicação de qualidade e esse é o intuito e o trabalho que estamos fazendo agora para transformar as rádios e emissoras de TV, que são nesse momento do governo federal, tirando do sistema estatal de comunicação para que elas passem para o sistema público”, comentou Castro.

A Radiobrás possui uma rede composta por seis emissoras de rádio, três de TV, seis serviços de clipping, duas agências de notícias e o programa de rádio “Café com o Presidente”. Enquanto a Acerp, formada pela TVE e Rádio MEC, possui quatro emissoras de radio e quatro canais de TV, sendo que dois operam com transmissão via satélite: a Rede Brasil e TV Escola.

A fusão entre estas empresas se insere em um projeto elaborado pelo grupo interministerial que discute a organização de um sistema de comunicação a ser implantado no país. O governo federal estipulou o dia 2 de dezembro como prazo para o início do funcionamento da TV pública brasileira, quando o sinal digital também começa a ser transmitido.

O assessor especial da Secretaria de Comunicação Social considera ainda que a fusão respeitará a tradição e a história das emissoras na elaboração da grade de programação, como também fortalecerá ambas empresas. “Os dois maiores nomes do rádio no país estarão, pela primeira vez, se organizando para trabalhar conjuntamente. Eles vão está trabalhando de forma organizada e concatenada para que esteja prestando um serviço para a população que seja o melhor possível sem que eles se sobreponham e concorram um com o outro, se tornando um sistema mais forte”, diz Eduardo Castro.

Active Image

0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *