Falta espaço para exibição de filmes brasileiros, diz cineclubista

Brasília – Os brasileiros precisam conhecer mais sobre a diversidade cultural do Brasil pelo cinema produzido no país. A afirmação é do secretário geral do Conselho Nacional de Cineclubes, João Baptista Pimentel, que participa do último dia do Seminário Internacional sobre Diversidade Cultural.

Ele lembrou que praticamente todos os filmes produzidos no país são financiados com recursos públicos, devido às leis de Audivisual e Rouanet, que prevêem renúncia fiscal. “É um absurdo o povo brasileiro ficar financiando um cinema que ele próprio não pode ver porque não tem onde passar o filme".

Segundo ele, atualmente existem mais de 150 longas-metragens nacionais inéditos por não terem espaço para serem exibidos. “Hoje, todo cinema alternativo sobrevive pela exibição em festival de cinemas e no circuito de cineclubes”.

Nesse sentido, Pimentel criticou o fato de mais de 80% dos filmes exibidos nas salas de cinemas convencionais serem norte-americanos. Para ele, é preciso mudar a legislação para estimular o cinema nacional.

Ele disse, ainda, que o conselho de cineclubes está analisando um levantamento de todos os filmes e espaços de exibição alternativos, número de expectadores, entre outras informações.

"A partir dessa base de dados, vamos construir propostas alternativas de exibição no país”, afirmou. Até agora,  já se sabe que são 301 pontos de exibição alternativos no país.

Pimentel acrescentou que a legislação que regulamenta a exibição não-comercial de filmes em cineclubes está em desuso por causa da extinção Conselho Nacional de Cinema (Concine), que havia regulamentado as apresentações sem fins lucrativos.

De acordo com ele, na próxima semana haverá uma reunião na Agência Nacional do Cinema (Ancine) para discutir sobre a edição de uma portaria que regulamente esse tipo de exibição.

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