Tribunal egípcio condena jornalista por fazer documentário sobre tortura

Um tribunal egípcio condenou hoje uma jornalista do canal de televisão 'Al Jazira' a seis meses de prisão após considerá-la culpada de prejudicar os interesses do Estado por um documentário sobre a tortura no Egito.

Segundo fontes judiciais, uma corte do bairro de Heliopolis,no Cairo, considerou que Huwaida Taha é culpada por 'danificar os interesses do país com a gravação de imagens que pudessem prejudicar a nação'.

A jornalistas terá que pagar ainda uma multa de 30 mil libras egípcias (US$ 5.200), Taha, que foi condenada à revelia, já que está no Catar, foi interceptada no aeroporto do Cairo em janeiro, quando pretendia viajar para a sede da 'Al Jazira' levando consigo várias fitas sobre a tortura no Egito.

A Polícia a impediu de deixar o país e apreendeu todo o material de gravação (50 fitas). A jornalista chegou a ser detida, mas foi libertada dias depois. A sentença não é definitiva, e Taha tem o direito de apelação a uma instância judicial superior, segundo a lei egípcia.

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