Argentina e Chile estão próximos do DVB, diz executivo

O Brasil precisa ser rápido para poder se destacar na disputa pela difusão de seu padrão na América do Sul, seja ele o ISDTV, seja ele o “nipo-brasileiro” ou ainda o ISDB puro. A afirmação foi de Peter MacAvock, diretor executivo do DVB Project. Em entrevista a este noticiário, o executivo do padrão europeu de TV digital disse que a Argentina e o Chile estão muito propensos a aceitar o DVB, e não vai ser fácil mudar esta tendência. O que o Brasil tem na manga, segundo MacAvock, é que “o DVB é tão flexível que preocupa os broadcasters”. Para ele, esta característica fez com que o padrão fosse recusado pelos radiodifusores brasileiros e pode causar a mesma reação nos países vizinhos.

MacAvock não descarta a entrada dos brasileiros no “jogo” dos padrões. Pelo contrário, acredita que os brasileiros têm mais chances que os próprios japoneses no lobby internacional. “Se o Brasil agir rapidamente, ficaremos no jogo nós (DVB), os brasileiros, ‘the guys from
ATSC’ e, possivelmente, os chineses”, afirmou.
 

Mobilidade 


Segundo o diretor do DVB Project, os lugares nos quais a recepção móvel e portátil fez mais sucesso são Coréia e Taiwan, que adotaram uma transmissão gratuita, “free-to-air”. Todavia, segundo ele, outros países que adotaram o free-to-air estão encontrando dificuldades em convencer o público a comprar telefones móveis significativamente mais caros ou as operadoras de telecom a subsidiar os aparelhos com recepção gratuita.

Peter MacAvock diz que uma solução foi encontrada no Japão, onde a tela dos celulares com recepção de TV é dividida em duas, com a TV aberta na parte superior e links patrocinados na parte inferior. Toda vez que o usuário clicar no link patrocinado, entra na rede 3G da operadora. “Resta saber se o usuário brasileiro ficará satisfeito com esta tela dividida”, disse.

 

 

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