Palestinos fazem boicote por repórter desaparecido da BBC

O sindicato dos jornalistas palestinos convocou uma greve nestasegunda-feira – dia em que o desaparecimento do correspondente da BBC em Gaza, Alan Johnston, completatrês semanas – em um protesto contra o que consideram 'negligência' da Autoridade Palestina.

'Não é possível que os 70 mil homens armados da Autoridade Palestina não conseguiram localizar Johnston em três semanas', disse o diretor do sindicato de jornalistas da Faixa de Gaza, SaherAbdel Um. 'Trata-se de negligência. Ninguém está disposto a arcar com a responsabilidade de tomar as medidas enérgicas necessárias para libertá-lo e tambem há discordâncias entre as diversas forças de segurança'.

A partir desta segunda-feira, os jornalistas palestinos em Gazavão boicotar a Autoridade Palestina e parar de cobrir os atos e declarações do governo de união nacional.

Testemunhas palestinas relataram que no dia 12 de março Johnston foi forçado, por quatro homens armados, a entrar em um carro, no centro da cidade de Gaza. As testemunhas também disseram que antes de entrar no veículo, o jornalista conseguiu jogar seu cartão de visita na rua, para que se pudesse saber sua identidade.

Ainda não se sabe quem são os responsáveis pelo desaparecimento de Johnston nem quais os seus objetivos.

Jornalistas estrangeiros Johnston seria o décimo quinto jornalista estrangeiro seqüestrado na Faixa de Gaza nos últimos três anos. Nos casos anteriores, os jornalistas foram libertados em poucas horas ou no máximo em poucos dias. O caso de Johnston é considerado o mais sério, por ser o mais longo.

A Associação dos Jornalistas Estrangeiros em Israel também protestou contra o desaparecimento de Johnston. Um dos diretores da associação, o argentino Daniel Blumenthal, criticou a imprensa israelense, por não ter dado o 'destaque apropriado' à historia de Johnston.

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