Com apoio da Globo, SKY/DirecTV passa a compor pacotes da Telemar e BrT.

A convergência de serviços com TV por assinatura começa na Telemar e na Brasil Telecom com a SKY/DirecTV, que possui 74% de participação da News Corp e 26% da Globo.  E segundo o presidente da operadora de TV por assinatura via satélite. Luiz Eduardo Baptista da Rocha, ela foi possível também graças ao apoio incondicional da própria Globo, que é sócia da NET, operadora líder na área de TV a cabo e que tem a Telmex, acionista da Embratel, na sua participação acionária. Se isso pode soar estranho, para Rocha é mais uma oportunidade de ampliar negócios e também garantir a fidelidade do cliente. O acordo prevê a combinação de pacotes que incluem a TV por assinatura mais a telefonia fixa e Internet, no caso da Brasil Telecom, e ainda a telefonia celular, no caso da Telemar. As promoções desses pacotes cruzados podem dar ao usuário uma economia que vai de R$ 500, 00 a até R$ 1.200,00 em gastos com telecomunicações, dependendo do pacote escolhido.

Uma das principais barreiras de entrada para a TV via satélite, o preço do decodificador que é de R$ 249,00, será eliminada. Para esse pacote, a adesão será gratuita assim como os decodificadores e kit antena e os modems da BrT e da Telemar, para o acesso à Internet. Em contrapartida, o assinante terá contratos de fidelidade de 12 meses a 18 meses. O sistema de comodato do decodificador, que inicia nessa parceria, será estendido para novos assinantes da Sky em todo país. A BrT vai iniciar a oferta dos pacotes combinados imediatamente nas cidades de Brasília e Campo Grande enquanto a Telemar vai comercializá-los a partir de março nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói.

Segundo Ricardo Knoepfelmacher, presidente da BrT, essa primeira fase ainda é para conhecer melhor a demanda do cliente para esse tipo de produto antes de estendê-lo para outras cidades. Mas ele reforça que a convergência de serviços, hoje, já é uma exigência desse próprio cliente. Por questões mercadológicas, a operadora decidiu ainda não incluir o serviço de telefonia móvel nessa primeira fase. Luiz Eduardo Falco, presidente da Telemar, a operadora já tem praticado essa convergência no atendimento ao seu cliente, com apenas um fornecedor para todas as soluções de comunicação. Nesse quadro, só faltava a TV por assinatura e a outra tentativa da empresa nesse sentido, a compra da Way TV, ainda aguarda definição da Anatel.

Nem Falco nem Knoepffelmacher se arriscam em falar de novos projetos comuns entre as duas operadoras e atribuem à coincidência o fato de terem fechado, dessa vez, esse acordo ao mesmo tempo. "Nós procuramos a Sky há cerca de um ano, a Brasil Telecom também, mas as empresas não estavam prontas. Agora chegou o momento", reforça Falco. Entre as novas exigências para esse acordo ser viável está a integração de call centers, com a preparação para que haja direcionamento de ligações no sistema a fim de que o cliente seja atendido por apenas uma empresa. "Não haveria condições de ele ligar e a empresa dizer que o problema é da outra, isso inviabilizaria o negócio", observa Rocha.

Nem mesmo o fato de a Sky/DirecTV vir a ser um futuro ponto de apoio para negociações que envolvam conteúdo para a IPTV, serviço que as duas operadoras testam há vários meses, entrou na conta desse acordo. "Isso é um ativo muito importante da SKY/DirecTV e tanto a Telemar quanto a Brasil Telecom não poderão contar com nosso apoio para isso", reforça Rocha.

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