Brasília – A telefonia celular foi a campeã de reclamações feitas pelo consumidor, segundo levantamento realizado entre setembro de 2006 e outubro de 2007 em 14 Procons do país. Segundo os números, organizados pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, dos dez fornecedores com mais reclamações fundamentadas (com provas ou depoimentos relevantes), todos são relacionados à telefonia celular, sendo seis fabricantes de aparelhos, duas empresas de assistência técnica e duas operadoras de telefonia.
Em primeiro lugar aparece a Benq Eletrônica Ltda., que teve percentual de reclamações de 6,09% do total, um total de 3.295 consumidores insatisfeitos. Em segundo lugar está a Nokia do Brasil Tecnologia Ltda., com percentual de 4,49% (2.430 queixas). Em terceiro, a Gradiente Eletrônica S/A, com 4,03%, o que representam 2.182 reclamações. Em seguida, aparece a LG Electronics Ltda., com percentual de 2,86% ou 1.548 queixas.
Aparecem ainda na lista, pela ordem, a assistência goiana SJ Comércio Assistência em Telecomunicações Ltda., a Samsung da Amazônia Ltda., a assistência RG Abreu dos Santos, do Rio Grande do Norte, a TNL Peças S/A (Oi/Telemar), a Tim Brasil Serviços e Participações S/A e a Motorola do Brasil.
Segundo o diretor do DPDC, Ricardo Morishita, o percentual de 6,09% da líder Benq é um número muito relevante, já que existem milhares de fornecedores no Brasil.
– É um número que salta os olhos. Significa que ele tem um peso nos Procons e que de fato está trazendo problema para a vida do consumidor – afirmou.
Os Procons analisados (a pesquisa não incluiu São Paulo) registraram um total de 324.145 ocorrências no período, sendo que 54.100 delas fundamentadas, 16,9% do total. Outros 20% foram simples consultas.
Além da telefonia, estão entre os principais alvos dos consumidores brasileiros aparelhos de DVD, cartões de crédito, televisores, videocassetes, filmadoras e equipamentos de informática. O principal problema reclamado foi o relacionado à garantia dos produtos (abrangência e cobertura), com 34,02% do total. Em seguida, aparecem as peças de reposição, com 11,12%.