Arquivo da tag: EBC

TV Brasil começa a transmitir em sinal digital e aberto em SP

A  Empresa Brasil de Comunicação (EBC) inaugura hoje (2) a transmissão da TV Brasil em sinal aberto na capital paulista. A emissão do sinal será feita em tecnologia digital no canal 63.

Qualquer aparelho televisor com o auxílio de um decodificador digital pode sintonizar a programação. A TV Brasil passa a ser a primeira TV pública a transmitir em tecnologia digital no estado de São Paulo. Uma solenidade, com a presença de convidados e autoridades, às 20h30, marca o início das transmissões.

Na capital paulista, a TV Brasil já pode ser sintonizada no canal 4 da NET; no 116 da SKY; e no 181 da TVA. Em tecnologia analógica, a TV Brasil aguarda definições técnicas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para iniciar sua transmissão na capital paulista.

Hoje também está sendo inaugurada a nova casa da EBC na cidade de São Paulo. A sede paulistana, localizada no bairro de Vila Leopoldina, zona oeste da capital, abriga dois estúdios de televisão (um de 150 m2 e outro de 300 m2) e estrutura para a redação de jornalismo da TV Brasil, da Agência Brasil, da Rádio Nacional, da administração e rede da empresa.

Além de servir de base para a produção de programas já tradicionais da TV Brasil, como o “Sem Censura”, o “Atitude.com” e o “3 a 1”, a nova praça será responsável, inicialmente, pela realização de dois programas televisivos: o “Deslocado”, programa de cultura que entra no ar em 18 de janeiro, e um programa jornalístico local, que deve ser iniciado no segundo mês de 2009.

“O programa de cultura vai mostrar manifestações culturais mais focado nos de baixo, com contribuições de emissoras da rede, do Rio, de Minas e de Brasília. O programa jornalístico terá um formato diferente, vai mesclar notícias do dia com assuntos temáticos, analisados por convidados”, afirma o gerente de jornalismo da EBC em São Paulo, Florestan Fernandes Jr.

TV Brasil inaugura transmissão digital em SP e anuncia canal analógico para 2009


No dia em que a implantação da TV Digital no Brasil completa um ano, a TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), inaugura em São Paulo (SP) uma nova sede e um canal aberto digital para a cidade.

"Desde sua criação, a partir de três emissoras locais, no Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e São Luiz (MA), a TV Brasil conseguiu um avanço espetacular na irradiação de seu sinal, seja através das TVs educativas estaduais abertas – que exibem programas da TV Brasil em 21 estados – seja através da Banda C ou dos canais por assinatura. Nada disso, entretanto, compensava a ausência na mais rica e populosa cidade do Brasil. Por isso consideramos uma vitória o início das transmissões pelo canal digital 63 e a instalação da emissora na cidade de São Paulo", afirmou Tereza Cruvinel, presidente da EBC.

A inauguração acontece na terça-feira (02) e a nova sede – que terá 75 funcionários, incluindo os profissionais da TV Brasil e da Agência Brasil – ficará no bairro Vila Leopoldina. "Além do telejornalismo, a idéia é produzir programas como 'Sem Censura' uma vez por semana em São Paulo e criar novas atrações, que serão produzidas na capital paulista", explicou Cruvinel ao Portal IMPRENSA.

Segundo ela, a expectativa é que "a presença da TV Pública, que se expandirá no início de 2009 com a abertura do canal analógico, contribua para o aumento da oferta de informação e entretenimento, tornando nosso sistema de radiodifusão ainda mais pluralista".

Após um ano, a implementação da TV Digital ainda é lenta no Brasil; dados do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) mostram que o país deve fechar este ano com apenas 645 mil espectadores de TV digital, com a venda de 150 mil receptores fixos (conversores e televisores com receptor embutido) e 150 mil móveis (celulares, aparelhos portáteis e receptores USB para computadores).

As cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS) já iniciaram transmissão digital em alta definição. Até o fim de 2008, Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Campinas (SP) deverão ter o serviço.

Direção e funcionários fazem primeira rodada de negociação, mas não fecham acordo

A comissão de funcionários se reuniu, na última sexta-feira (31), com a direção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para a primeira rodada de negociações após a suspensão da greve. Das cinco cláusulas pendentes, chegou-se ao entendimento em duas: reajuste de 7,1% para todos os empregados da empresa e a aplicação do mesmo índice para o piso salarial, que passa de R$ 1.664 para R$ 1.761 nos cargos de nível superior e de R$ 763 para R$ 817 para os de nível médio.

As duas propostas já tinham sido apresentadas pela direção e foram apenas ratificadas. No próximo encontro, que será realizado amanhã, serão discutidos os abonos salarial, de faltas e social. Sobre o primeiro, a empresa oferece R$ 1.300 para todos os funcionários. O valor foi questionado e será decidido após reunião com o Ministério do Planejamento, que será realizada na tarde de hoje.

Quanto ao abono de faltas, a direção propõe a modificação do texto do abono social, mantendo os cinco dias anuais, mas limitando o uso de apenas dois em um mês. Os funcionários querem a manutenção do texto atual.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, Romário Schettino, confia no sucesso das negociações e considera difícil uma nova paralisação. Ele informa que a motivação da greve era a proposta da direção de discutir em conjunto o acordo coletivo de trabalho com a implantação do novo plano de cargos e salários.

“A idéia é fechar o acordo amanhã (4), para discutir a proposta da empresa em assembléia na quarta-feira (5). Se a assembléia rejeitar, voltam às negociações. Eu acho difícil uma nova paralisação”, diz Schettino.

Na última quarta-feira (29/10), os funcionários da EBC realizaram paralisação que durou um dia. Ela foi suspensa até a próxima assembléia, marcada para esta quarta.

Trabalhadores querem rever plano de carreira e participar da gestão

Menos de um ano após sua criação, a Empresa Brasil de Comunicação viveu nesta semana sua primeira greve de funcionários. Nesta quarta-feira (29), aderiram a paralisação boa parte dos quase 900 trabalhadores da EBC nas sedes de Brasília e Rio de Janeiro, que congregam maior parte do quadro funcional da estatal. Os empregados de São Paulo, em sua maioria absoluta contratados temporariamente e não por concurso, não aderiram à paralisação aprovando apenas o estado de greve permanente.

As reivindicações dos funcionários podem ser dividas em dois grupos. No primeiro, estão os termos do acordo coletivo, que vence nesta sexta-feira (31) e inclui abono financeiro linear (divisão dos restos da folha de pagamento igualmente entre os funcionários), abono social (liberação dos cinco dias não previstos no contrato de trabalho que abrange 30 dias mensais), abonos para situações específicas como casamento e falecimento e reajuste do piso e dos salários. Como a resolução do acordo coletivo é emergencial, trabalhadores e diretoria fecharam um acordo. A paralisação das atividades está suspensa e o atual acordo coletivo será prorrogado, inicialmente, por mais oito dias, período em que ambas as partes esperam concluir as negociações.

Novas reuniões da mesa de negociação estão previstas para as próximas sexta e segunda-feira. Após a deflagração de paralisação, a direção aceitou apresentar novas propostas em relação aos cinco itens ainda em discussão. Uma assembléia em Brasília, já agendada para o próximo dia 5 de novembro, irá avaliar as contrapropostas da direção.

Entre os compromissos já assumidos pela direção está garantir, no acordo-coletivo, a reposição da inflação no último período. Pela proposta, o reajuste, de 7,1%, seria concedido a todos os empregados do quadro, além dos cargos em comissão e os funcionários contratados por tempo determinado, que não estavam incluídos na proposta de acordo salarial apresentada pela EBC.

Outro compromisso exigido e aceito pela direção é que não haverá retaliação aos trabalhadores que aderiram a paralisação. "Retomamos as atividades e as negociações, mas chegaram à comissão relatos de que, durante as 24 horas de paralisação, vários funcionários foram ameaçados pelas chefias de perder gratificações ou o próprio emprego. Pedimos diretamente à presidente que intervenha junto a todas as diretorias, porque é inimaginável que esse tipo de ameaça exista em uma nova empresa", disse Flávio Silva, representante da Comissão dos Empregados.

Plano de Cargos e Salários

O segundo conjunto de reivindicações refere-se ao Plano de Cargos e Salários proposto pela direção da empresa. Por conta da urgência de resolução do acordo coletivo e pela ausência de debate com os empregados, o plano voltará à mesa de negociações após a conclusão do acordo da data-base.

Na avaliação dos trabalhadores, o plano atual apresenta problemas por ter sido construído sem a participação dos funcionários, por não ter critérios objetivos para avaliação e progressão na carreira e por prever pisos muito baixos. Hoje, o piso para os jornalistas é R$ 2.050, para técnicos de nível superior R$ 2.511 e técnicos de nível médio R$ 1.200. Os jornalistas da EBC também questionam a divisão destes funcionários de duas categorias, já que existe no plano a função de jornalista especializado, cujo salário inicial é de R$ 5.127.

De acordo com a direção da empresa, a criação deste cargo com remuneração inicial maior seria uma tentativa de resolver a necessidade de conseguir trazer para o jornalismo da EBC profissionais com maior experiência e melhores colocados no mercado. Segundo a presidente da EBC, Tereza Cruvinel, há uma demanda por jornalistas com "quilometragem" que possam desempenhar papéis estratégicos como âncoras de programas. "Quero ter instrumento de gestão em diferentes estágios", completa Cruvinel.

Em diversos comunicados, a Comissão de Empregados da EBC vem criticando esta lógica, afirmando que a atração de profissionais "do mercado" pode ser feita tornando o salário da empresa competitivo como acontece em outras empresas e poderes da República. A melhoria do salário é um ponto pacífico reconhecido inclusive pelos dirigentes da empresa. A divergência está em como resolvê-lo.

"Reconhecemos que Radiobrás sempre teve salários não competitivos. Queremos aproximá-los do mercado, mas não se corrige isso de uma hora para outra. Estamos fazendo um movimento de valorização ao investir R$ 13 milhões em pessoal", afirma Tereza Cruvinel. A direção apostava no aumento do piso para o jornalista com carga horária ampliada de sete horas, previsto para sair de R$ 2.817 para R$ 3.250, em valores brutos.

No entanto, a proposta não soluciona o impasse. "Queremos a valorização dos concursados com um piso digno para todas as carreiras. Uma vitória histórica dos jornalistas é a jornada de 5 horas. As pessoas somente vão optar por se dedicarem apenas a EBC, abrindo mão do segundo trabalho, se os pisos e as sete horas para jornalistas forem maiores do que os seus atuais dois salários", coloca Silva, da Comissão de Funcionários.

Barreiras orçamentárias

A questão de fundo na discussão entre a direção da EBC e os funcionários está no montante disponível para melhorias na folha de pagamentos. Segundo informações da diretoria, a dificuldade em atender as reivindicações está no limite negociado com o Ministério do Planejamento, estipulado em R$ 13 milhões para os reajustes e implantação do Plano de Cargos e Salários em 2009.

Já a Comissão de Funcionários não acredita que isso possa ser utilizado como justificativa. "Há R$ 380 milhões no orçamento para a EBC para 2009. Consideramos que parte maior do que os R$ 13 milhões pode e deve ser usada para melhorar a remuneração dos trabalhadores, além dos outros investimentos em infra-estrutura. Afinal, a valorização do quadro de funcionários reflete diretamente na qualidade da programação ofertada à população, que é para quem trabalhamos", diz Silva.

Além disso, continua o integrante da comissão, os trabalhadores da empresa estão dispostos a engrossar fileiras para pressionar o Ministério do Planejamento a liberar mais recursos para investimento em pessoal para a Empresa Brasil de Comunicação. Uma reunião foi marcada para o dia 4 de novembro para discutir o acordo e o Plano de Cargos e Salários com o ministério.

Participação

Também está na pauta dos trabalhadores reivindicações relativas à participação nas decisões empresariais e editoriais da EBC e na avaliação dos conteúdos produzidos. Os empregados querem garantir a possibilidade de opinar nas decisões estratégicas da nova empresa, bem como a criação de grupos de trabalho que possam refletir e debater sobre o novo manual de redação dos veículos da EBC. "Os trabalhadores deram o seu recado: temos muitas contribuições para dar na construção da nova empresa. Basta que haja canais de interlocução reais e efetivos para isso. O fortalecimento da EBC é nosso compromisso", completa Silva.

Funcionários suspendem greve até quarta-feira

Em assembléia no início da tarde desta quinta-feira (30), em Brasília, os funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) decidiram suspender, até a próxima quarta-feira, a paralisação iniciada na tarde de ontem. Após reunião com a direção da empresa, chegou-se ao entendimento de discutir em separado o acordo coletivo de trabalho da implantação do novo plano de cargos e salários.

“O problema não era a questão do reajuste salarial, mas o plano de cargos e salários, que ainda é um mistério. Ficou decidido na reunião de hoje que vamos discutir o plano após a negociação do acordo coletivo”, informa o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, Romário Schettino.

Discussões serão retomadas na sexta-feira

A discussão em torno do acordo coletivo será retomada em reunião na manhã desta sexta-feira. Na pauta, duas reivindicações dos funcionários: a manutenção de uma gratificação anual e do abono de cinco faltas anuais.

“Nós já aceitamos o reajuste de 7,1% e esperamos chegar a um acordo sobre os outros pontos até a quarta-feira da próxima semana”, diz Schettino.

A direção da EBC, por meio de nota, informa que o acordo coletivo será prorrogado por 30 dias. Nesse período, um novo acordo será negociado. “Numa fase posterior, a EBC discutirá o novo Plano de Carreira da empresa”, diz a nota.

Empresa diz que veículos funcionaram normalmente

O comunicado informa ainda que, apesar da paralisação, os veículos da empresa funcionaram normalmente: “A Agência Brasil publicou ontem um total de 81 notícias, superando a média diária. O anúncio da taxa de juros pelo Banco Central, por exemplo, foi realizado às 20h05 de quarta-feira e, instantaneamente, estava na página da Agência Brasil”.

Funcionários negam

O representante da comissão de funcionários Eduardo Mamcasz nega que os veículos tenham funcionado normalmente. Ele informa que as rádios tocaram somente música e a programação jornalística que foi ao ar é antiga ou produzida pelas chefias e estagiários. “O ministro Carlos Minc tem que agradecer à greve. Na terça ele deu uma coletiva longa que foi dividida e ficou sendo repetida ontem e hoje”, diz Mamcasz.