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Caixa Econômica aposta em inclusão bancária pela televisão

A Diretoria de Tecnologia da Caixa Econômica Federal realizou nesta quarta-feira, 16, em Brasília, um seminário com a participação de diversos membros representantes das diversas áreas do Fórum do Sistema Brasileiro de TV digital Terrestre.

De acordo com Clarice Copetti, vice-presidente de tecnologia da instituição,a TV digital será um dos grandes canais de relacionamento do banco em futuro muito próximo.

Assim como a utilização das agências lotéricas como correspondentes bancários permitiu à CEF aumentar sua presença em todo o território nacional, a utilização dos recursos de interatividade da TV digital vai ser essencial para a Caixa aprimorar o atendimento aos usuários dos grandes fundos e sistemas administrados pela empresa: FGTS, PIS/PASEP e Bolsa Família, além dos milhões dos correntistas e poupadores. Participaram rerpesentantes das emissoras de televisão, da área acadêmica, da área de software, da indústria de receptores e do governo federal. Um grande número de funcionários da Caixa lotaram o auditório durante as palestras na parte da manhã.

Na parte da tarde o seminário continuou com a realização de algumas oficinas de trabalho.

Set top Box e a interatividade A grande discussão, que aparentemente não agradou os funcionários da Caixa presentes ao seminário, referiu-se à possibilidade concreta de interatividade dos primeiros set top boxes que serão produzidos (e vendidos no Brasil) a partir de dezembro próximo.Com nenhuma ou quase nenhuma interatividade e ainda sem que esteja resolvida a questão da interatividade plena ou do canal de retorno (mesmo considerando a possibilidade de transmissão para os celulares) a TV digital não terá muita utilidade para a Caixa como elemento de inclusão bancária.

Um dos participantes chegou a propor a André Barbosa, assessor especial da Casa Civil, que o governo federal concedesse um canal digital para que a CEF fizesse radiodifusão aberta no país. A justificativa para o atraso na implantação até mesmo da interatividade local refere-se às especificações do Ginga “que são muito recentes”.

Um outro detalhe para que a TV digital funcione como elemento de inclusão bancária refere-se à certificação, que exigirá a inserção de um equipamento específico para isso junto ao set top box. É mais custo que deverá ser suportado pelo usuário. Na verdade, parece uma coisa meio surrealista pensar que um beneficiário do Bolsa Família tenha possibilidade de aportar algum tipo de recurso para obter um decodificador habilitado para lhe prestar algum tipo de serviço relacionado ao benefício.

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Brasil tem maior número de desenvolvedores de software livre

O cenário do impacto do software livre no mundo começa a se desenhar com a divulgação dos primeiros resultados do projeto Free Libre Software Open Source (FLOSSWorld), patrocinado pela União Européia.

Estudo apresentado na sexta-feira (11/5), último dia do 2º Workshop Internacional do projeto FLOSSWorld, em Bruxelas, na Bélgica, por técnicos da Universidade de Maastricht, da Holanda, mostra que o Brasil tem o maior número de desenvolvedores de softwares de código aberto, dentre os países que participaram da pesquisa.

O levantamento feito no Brasil chegou ao número de 541 desenvolvedores, que responderam ao questionário sobre seu grau de envolvimento com o tema software livre. O segundo país com maior número de desenvolvedores foi a Argentina, onde 115 responderam ao questionário. As perguntas foram elaboradas pela universidade holandesa, que ficou responsável por compilar os dados levantados por instituições acadêmicas, de governo e não-governamentais dos países participantes –– Brasil, Argentina, China, Bulgária, Malásia, Tailândia, África do Sul e Croácia.

De acordo com o técnico da Universidade de Maastricht, Ghott Rüediger, que apresentou os dados sobre os desenvolvedores e empregadores da área de tecnologia da informação, a média de idade dos desenvolvedores é de 29,6 anos, sendo que a idade média desse grupo no Japão foi a maior encontrada. Naquele país, os desenvolvedores têm, em média, 32,6 anos. E na China os mais jovens dominam o segmento. O país tem a menor média de idade no segmento desenvolvedores, 25,5 anos. Os dados do Japão foram anexados à pesquisa, segundo Rüediger, devido a uma colaboração voluntária de um desenvolvedor, que aplicou o questionário no país com o apoio de uma empresa privada.

Em termos de gênero, a participação feminina entre os desenvolvedores, na média dos países, ficou em 6%. A maior média foi a da Malásia, que tem 23% de desenvolvedores mulheres e a menor comunidade de desenvolvedoras está na China, 11% do total. “Parece que a representatividade feminina é pequena no mundo do software livre, mas ainda temos que ouvir as instituições, ter um retorno para entender esses e outros dados. Por isso, pedi aos participantes do projeto que nos ajudem a interpretar os dados encontrados relativos a cada segmento, empresas, desenvolvedores e universidade”, disse Rüediger.

Entre os desenvolvedores, dois terços têm nível superior de formação, 61% deles estão empregados, 21% trabalham por conta própria, 16% são estudantes e 2% fazem parte da comunidade de software livre. Uma das conclusões do estudo é que o fato de saberem trabalhar com software livre faz com que desenvolvedores tenham um melhor salário. Os melhores salários de desenvolvedores que trabalham com software livre estão na África do Sul, Brasil e Argentina.

Rüediger ressaltou que os dados compilados podem não representar totalmente a realidade do software livre nos países pesquisados, já que nem todas as instituições contatadas responderam aos questionários. De qualquer forma, os participantes do projeto FLOSSWorld, em geral, ressaltam a importância do estudo que, pela primeira vez, traz à luz dados sobre o impacto do software livre com uma dimensão tão extensa e um grau de cooperação entre tantos países. “Sequer sabíamos dados sobre o desenvolvimento do software livre no Japão, ou mesmo na China. Agora, há cenário sobre o qual podemos nos debruçar”, destacou.

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Sun quer tornar Java componente-chave da TV digital

A Sun Microsystems vê na implementação da TV digital no Brasil uma de suas futuras fontes de crescimento na América Latina, em especial para a linguagem Java com o desenvolvimento dos set-top boxes, os conversores de sinais utilizados para a recepção das transmissões digitais. A empresa, que já vem trabalhando com o governo federal há cerca de dois anos no desenvolvimento de ferramentas de inclusão digital, espera atrair o interesse das empresas e instituições ligadas ao projeto da TV digital brasileira.

A ponta de lança de sua estratégia será a abertura do código do Java – programada para ocorrer até o fim deste semestre –, que possibilitará às empresas optar pela linguagem de programação como componente embarcado nos aparelhos. 'Antes de abrirmos o Java, o governo brasileiro estava receoso em relação aos royalties que programas e aparelhos criados com base na linguagemteriam de pagar, o que representaria um custo significativo ao projeto', disse o diretor de marketing da Sun no Brasil, André Echeverria. 'Mas demonstramos que com a abertura do código, os preços vão cair brutalmente.'

O Java é uma linguagem de programação que permite a criação de softwares que podem ser utilizados em vários tipos de dispositivos e que foi desenvolvida pela Sun na década de 1990, inicialmente para ajudar no funcionamento de decodificadores de TV.

A linguagem tornou-se popular em celulares – atualmente há mais de 1 bilhão de aparelhos no mundo equipados com recursos Java, segundo a Sun – e tem no Brasil uma grande comunidade de programadores que ajudam a empresa a faturar vendendo serviços e projetos para empresas e órgãos de governo.

A expectativa da Sun é aproveitar essa comunidade e a preferência do governo brasileiro por software livre para disseminar o Java na TV digital como plataforma capaz de fornecer serviços como acesso à internet aos usuários. O lançamento da TV digital no Brasil está previsto para o fim do ano.

 

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Operadoras devem investir US$ 9 bi em IPTV neste ano, aponta estudo

Os investimentos em infra-estrutura das operadoras de telefonia fixa de todo o mundo devem alcançar a marca de US$ 41 bilhões neste ano. A projeção é da empresa americana de pesquisa e consultoria na área de tecnologia iSuppli, com base em estudo recente no qual ouviu as maiores companhias mundiais do setor. Se confirmada a previsão, o nível de gastos das teles será o mais elevado desde 2002, embora represente um aumento de apenas 1,6% em relação aos US$ 40,4 bilhões aplicados no ano passado.

Apenas para comparação, os investimentos mundiais das companhias de telecomunicações em 2006 cresceram 10,7%, contra 8,3% no ano anterior. 'A razão principal da queda foi o foco das empresas na redução das despesas e na política do ‘pagar conforme o crescimento’', disse Steve Rago, analista de pesquisa de IPTV, banda larga e digital home da iSuppli. 'O aumento marginal dos investimentos das teles em 2007 está sendo direcionado para os serviços de IPTV. As estimativas da iSuppli é as operadoras irão gastar cerca de US$ 9 bilhões em todo o mundo na compra de equipamentos e infra-estrutura para IPTV.'

Um dos motivos apontados por Rago para a corrida das operadoras rumo aos serviços de IPTV é a queda significativa das receitas com serviços de voz. 'As companhias de telecomunicações têm perdido, em média, 4% ao ano de sua base de assinantes e mais de 4% das receitas com serviços de voz. Esse fenômeno é universal, em que nenhuma região e nenhuma companhia tem escapado. 'As teles esperam que seus investimentos maciços em redesde banda larga IP e em IPTV representem uma nova fonte de receitas por meio da oferta de serviços multimídia aos consumidores.'

De acordo com o estudo, no ano passado, as teles aplicaram grande parte dos recursos em equipamentos de acesso. Para 2007, a iSuppli avalia que elas continuarão a investir em equipamentos de acesso nos mesmos níveis do ano passado, ao mesmo tempo em que aumentarão significativamente os gastos no núcleo das redes. Esse deslocamento, segundo Rago, será necessário para fornecer largura de banda e qualidade de serviços necessárias para as transmissões de IPTV.

A estimativa da iSuppli é que o número de assinantes de IPTV em todo o mundo deve somar 105,8 milhões em 2011, o que significará uma taxa de crescimento anual de 98% em relação aos 3,4 milhões registrados em 2006. Para atender a essa base enorme, as teles terão dedestinar 20% dos seus orçamentos em infra-estrutura para IPTV até 2011, incluindo equipamentos de rede, software e CPEs (equipamentos mantidos nas instalações do cliente).

Os países que absorverão a maior parte desses investimentos, segundo a iSuppli, serão os da América do Norte e da Europa, por serem os mais rápidos na oferta de serviços de IPTV. Entretanto, a tecnologia de IPTV não será a única a direcionar os gastos das teles no mundo. Nos países emergentes, elas devem carrear grande soma de recursos para expandir suas infra-estruturas de banda larga com o propósito de aumentar suas receitas com serviços de transmissão de dados. De acordo com o estudo, a única região que está exibindo um declínio acentuado dos investimentos é o Japão, onde a implantação de redes de fibra óptica para chegar até a casa dos assinantes está em estágio bastante inicial. A iSuppli prevê, entretanto, que as teles japonesas devem recuperar esse atraso em poucos anos.

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Empresas brasileiras vão receber transferência de tecnologias do projeto GIGA

Os ministros das Comunicações, Hélio Costa, da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e o presidente do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), Hélio Graciosa, oficializam, nesta quarta-feira (4/4), o processo de transferência de tecnologias desenvolvidas pelo Projeto GIGA, projeto de convergência tecnológica de redes IP e redes ópticas de alta velocidade, para seis empresas brasileiras. 'Estamos fazendo todos os convênios e acordos possíveis para desenvolver a tecnologia nacional', afirmou Hélio Costa.

A cerimônia, marcada para acontecer no auditório do Ministériodas Comunicações, em Brasília, contará com a participação dos presidentes das empresas que irão produzir equipamentos com as tecnologias desenvolvidas pelo CPqD, mas cujos nomes não foram revelados. A seleção das empresas baseou-se na avaliação da capacidade técnica, desempenho financeiro e modelo de gestão. Empresas que já produziam sistemas ópticos e outras que estão apostando fortemente nesse mercado, também foram consideradas.

A transferência de tecnologia, segundo o CPqD, vai dar às empresas selecionadas condições de oferecerem equipamentos extremamenteavançados às operadoras de telecomunicações, proporcionando a evolução das redes ópticas no país.

O projeto GIGA, financiado pelo Funttel (Fundo para Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) e apoiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), é uma parceria entre o CPqD e a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) e conta com uma plataforma de teste, a Rede GIGA, que conecta cerca de 20 instituições brasileiras numa distância de 750 quilômetros.

Com investimento de R$ 55 milhões, o projeto compreende a pesquisa e o desenvolvimento de uma rede de alta capacidade de tráfego, flexibilidade e qualidade de transmissão em tempo real, utilizando-se das redes IP e WDM (Wavelength Division Multiplexing). A tecnologia desenvolvida vai beneficiar, e muito, os serviços de telemedicina, teleducação, entretenimento e estudos de prospecção de petróleo, entre outros, segundo o CPqD. Da Redação