Operadoras devem investir US$ 9 bi em IPTV neste ano, aponta estudo

Os investimentos em infra-estrutura das operadoras de telefonia fixa de todo o mundo devem alcançar a marca de US$ 41 bilhões neste ano. A projeção é da empresa americana de pesquisa e consultoria na área de tecnologia iSuppli, com base em estudo recente no qual ouviu as maiores companhias mundiais do setor. Se confirmada a previsão, o nível de gastos das teles será o mais elevado desde 2002, embora represente um aumento de apenas 1,6% em relação aos US$ 40,4 bilhões aplicados no ano passado.

Apenas para comparação, os investimentos mundiais das companhias de telecomunicações em 2006 cresceram 10,7%, contra 8,3% no ano anterior. 'A razão principal da queda foi o foco das empresas na redução das despesas e na política do ‘pagar conforme o crescimento’', disse Steve Rago, analista de pesquisa de IPTV, banda larga e digital home da iSuppli. 'O aumento marginal dos investimentos das teles em 2007 está sendo direcionado para os serviços de IPTV. As estimativas da iSuppli é as operadoras irão gastar cerca de US$ 9 bilhões em todo o mundo na compra de equipamentos e infra-estrutura para IPTV.'

Um dos motivos apontados por Rago para a corrida das operadoras rumo aos serviços de IPTV é a queda significativa das receitas com serviços de voz. 'As companhias de telecomunicações têm perdido, em média, 4% ao ano de sua base de assinantes e mais de 4% das receitas com serviços de voz. Esse fenômeno é universal, em que nenhuma região e nenhuma companhia tem escapado. 'As teles esperam que seus investimentos maciços em redesde banda larga IP e em IPTV representem uma nova fonte de receitas por meio da oferta de serviços multimídia aos consumidores.'

De acordo com o estudo, no ano passado, as teles aplicaram grande parte dos recursos em equipamentos de acesso. Para 2007, a iSuppli avalia que elas continuarão a investir em equipamentos de acesso nos mesmos níveis do ano passado, ao mesmo tempo em que aumentarão significativamente os gastos no núcleo das redes. Esse deslocamento, segundo Rago, será necessário para fornecer largura de banda e qualidade de serviços necessárias para as transmissões de IPTV.

A estimativa da iSuppli é que o número de assinantes de IPTV em todo o mundo deve somar 105,8 milhões em 2011, o que significará uma taxa de crescimento anual de 98% em relação aos 3,4 milhões registrados em 2006. Para atender a essa base enorme, as teles terão dedestinar 20% dos seus orçamentos em infra-estrutura para IPTV até 2011, incluindo equipamentos de rede, software e CPEs (equipamentos mantidos nas instalações do cliente).

Os países que absorverão a maior parte desses investimentos, segundo a iSuppli, serão os da América do Norte e da Europa, por serem os mais rápidos na oferta de serviços de IPTV. Entretanto, a tecnologia de IPTV não será a única a direcionar os gastos das teles no mundo. Nos países emergentes, elas devem carrear grande soma de recursos para expandir suas infra-estruturas de banda larga com o propósito de aumentar suas receitas com serviços de transmissão de dados. De acordo com o estudo, a única região que está exibindo um declínio acentuado dos investimentos é o Japão, onde a implantação de redes de fibra óptica para chegar até a casa dos assinantes está em estágio bastante inicial. A iSuppli prevê, entretanto, que as teles japonesas devem recuperar esse atraso em poucos anos.

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