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Produção de set top box da Encore depende apenas da oferta do Ginga

Falta apenas a implementação do Ginga para que a Encore Tecnologia do Brasil entregue os primeiros set top box produzidos no país para TV digital. A industrialização do software, que permite a oferta de recursos de interatividade pela TV, está a cargo da Dynavideo, empresa sediada na Paraíba e nascida a partir da iniciativa de técnicos que trabalharam no desenvolvimento da solução dentro da Universidade Federal da Paraíba.

“Os trabalhos devem estar concluídos até 15 de dezembro”, diz o presidente da Encore, Jakson Sosa. Segundo ele, 70% do software já está implementado e a Dynavideo prometeu acelerar os trabalhos para que não haja um atraso ainda maior. Originalmente, a idéia era iniciar os testes a partir de setembro para que os equipamentos entrassem em linha de produção entre outubro e novembro.

Segundo Sosa, a empresa está planejando uma demonstração do produto para meados de dezembro, quando espera já ter o Ginga completamente embarcado nas plataformas de hardware. A produção das caixas já está contratada com a Teikon nas plantas do Rio Grande do Sul e da Zona Franca de Manaus. Outro fabricante de Manaus também deve aderir ao projeto, mas Sosa ainda não revela o nome. “Queremos somar facilidades adicionais na área de tributação”, justifica o executivo.

Para produção dos set top boxes, a Encore usará as soluções da STMicroeletronics. Estão planejados dois modelos. O primeiro será apenas um conversor de sinais, com preço estimado em R$ 220. O outro, com soluções de interatividade, que mais se aproxima de um computador, tem custo estimado em R$ 620.

Procon recomenda atenção na compra de novos televisores

Rio – Em dezembro, começa a transmissão de sinais de TV digital no Brasil e, com ela, uma fase de transição que exigirá do consumidor paciência para entender o processo e mais envolvimento dos varejistas na hora de vender o televisor. E é neste período de adaptações tecnológicas e de ofertas de eletroeletrônicos que a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) está de olho.

A preocupação mais evidente da instituição está atual oferta de televisores de plasma e cristal líquido (LCD) , destacou o técnico do Procon-SP, Raul Dalaneze. O especialista informou que o órgão está acompanhando de perto o comportamento do mercado e que o consumidor terá um papel fundamental na fiscalização das ofertas. O Procon-SP orienta que o usuário que precisa adquirir um televisor, ainda neste fim de ano, cobre ajuda de um vendedor, verifique as informações que constam na caixa e no manual do equipamento, leia as informações que estão sendo divulgadas na mídia e, se preciso, entre em contato com a central de atendimento do fabricante do produto que deseja adquirir.

Segundo o técnico do Procon-SP, muitos varejistas estão oferecendo promoções tentadoras de televisores que podem não oferecer a melhor qualidade de imagem quando começarem as transmissões de TV digital em todo o país.

– O consumidor tem que conferir se o televisor tem todas as 'entradas' necessárias para receber este conversor que chegará ao mercado, e principalmente desconfiar de preços muito baixos – afirmou o especialista.

Assim como já alertou a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), em relatório que avaliou seis modelos de TVs à venda no mercado , o Procon-SP chama a atenção para a ausência de aparelhos habilitados – de fábrica – para receber o sinal de TV digital: mesmo os modelos de plasma e LCD que estão nas lojas vão precisar de um conversor (set top box) para reproduzir as imagens em alta definição de qualidade digital que chegarão à casa dos telespectadores, primeiramente em São Paulo. ( Leia mais: televisores e conversores podem chegar às lojas com preços ainda altos )

– O consumidor tem que ter em mente que estamos vivendo uma época de transição e que, até o momento, não existem aparelhos habilitados de fábrica, com tecnologia nativa, para receber (o sinal da) TV digital. Eles vão existir, há este compromisso por parte dos fabricantes, mas ainda não há consenso com governo sobre o custo ou o padrão tecnológico destes aparelhos conversores e televisores adaptados, que devem chegar às lojas nas próximas semanas – alertou o técnico do Procon. ( Leia mais: Governo vai facilitar compra de conversores de TV digital, afirma ministro )

Dalaneze informou que o órgão está acompanhando de perto o comportamento do mercado, dos fabricantes e dos varejistas e que o consumidor terá um papel fundamental na fiscalização das ofertas. O Procon orienta que o usuário que precisa adquirir um televisor, ainda neste fim de ano, peça ajuda a um vendedor, verifique as informações na caixa e no manual do equipamento, leia as informações que estão sendo divulgadas na mídia e, se preciso, entre em contato com a central de atendimento do fabricante do produto que deseja adquirir. Segundo o técnico do Procon, muitos varejistas estão oferecendo promoções tentadoras de televisores que podem não oferecer a melhor qualidade de imagem quando começarem as transmissões de TV digital em todo o país. ( Leia mais: dez questões mais comuns sobre TV digital )

– O consumidor tem que conferir se o televisor tem todas as 'entradas' necessárias para receber este conversor que chegará ao mercado, e principalmente desconfiar de preços muito baixos – afirmou o especialista.

Para que o consumidor precise apenas ligar um conversor de TV digital em seu televisor, é necessário que o equipamento seja capaz de reproduzir imagens acima do padrão de 1080 linhas (os televisores analógicos reproduzem o máximo de 500 linhas) e ainda possua uma conexão HDMI que, além de receber imagem com qualidade digital, consegue transmitir até seis canais de áudio.

– As dicas são para quem precisa muito trocar de TV neste fim de ano. Mas o que o Procon orienta é que o consumidor se cerque de cuidados e, quem não se sentir seguro, aguarde um pouco mais para adquirir, se for o caso, um televisor que já venha com este conversor embutido ou com antena interna de recepção de sinal.

Conversores custam R$ 700, sem alta definição e interatividade

Dois modelos de conversores para TV Digital da Semp Toshiba chegarão ao mercado no dia 21/11. A Semp Toshiba foi a única, entre as principais fabricantes de eletroeletrônicos do País, que afirmou ter data de lançamento e preços definidos de produtos específicos para este sinal, antes do início da transmissão digital, prevista para o dia 02/12 na cidade de São Paulo.

Segundo a Semp Toshiba, estarão disponíveis inicialmente, dois modelos de conversores, um mais simples e outro mais completo. O codificador mais simples, que custará R$ 700, é voltado para televisores comuns, de tubo, vai simplesmente converter o sinal. Já o completo com entrada HDMI, para TVs de alta definição (LCD ou plasma), custará R$ 1 mil. Até o natal a fabricante promete lançar outros produtos para TV Digital como televisores com o conversor embutido.

Outra fabricante que promete colocar no mercado produtos específicos para TV Digital ainda este mês é a Samsung. Segundo o diretor da empresa, Benjamin Sicsú, a Samsung oferecerá TVs completas com o conversor embutido. “Mas ainda não temos estimativa de preços nem datas para o lançamento destes dispositivos”, afirma o executivo. Já a LG diz que não vai fabricar o conversor avulso. Mas afirmou que a TV completa para receber o sinal digital já está sendo fabricada e deve chegar ao varejo antes do dia 02/12.

A Philips vai oferecer apenas o conversor de sinal em novembro, mas também sem data e preço definidos. E a Panasonic apesar de já ter seu protótipo do conversor, não tem previsão de lançamento para novembro. 

Fabricantes atrasam lançamentos dos set-top boxes

A 15 dias úteis do lançamento oficial da TV digital terrestre no Brasil, não se viu ainda um único set-top box pronto para a venda no varejo de São Paulo, primeiro mercado a receber a nova tecnologia.

Em apresentação à imprensa no início de outubro, os principais fabricantes garantiam que os produtos chegaria às lojas em novembro.

Segundo o gerente de grupo de produtos da Semp Toshiba, Deniz Lozano Junior, a fabricante terá o produto disponível até o lançamento oficial, no dia 2 de dezembro. O atraso no cronograma inicial se deve ao desenvolvimento dos produtos. "A maioria das emissoras ainda está transmitindo sinais de teste, sem a potência máxima, então não temos como fazer testes de campo precisos para saber, por exemplo, quais serão as melhores áreas de cobertura. Isto é importante na hora de definir em que regiões serão vendidos os produtos inicialmente", conta Lozano.

Mesmo assim, ele garante que os receptores já estão plenamente desenvolvidos e que o produto chega às lojas no início de dezembro.

Segundo o diretor de um dos mais importantes fornecedores de suprimentos para os set-tops e televisores, como placas e microprocessadores, os fabricantes já receberam os primeiros lotes de componentes necessários para a fabricação dos set-tops. Ou seja, na parte industrial, a produção está acontecendo plenamente.

Na opinião do executivo, o que vem atrasando a entrega é a falta de algumas definições na norma, como o closed caption e o HDCP, o protocolo de proteção que impede as cópias digitais a partir das portas HDMI.

Net informa TVs abertas que quer distribuir sinais em alta definição

A operadora de TV a cabo Net Serviços está enviando carta a todas as geradoras da cidade de São Paulo informando sobre seu interesse em distribuir os sinais em alta definição tão logo estejam disponíveis. Quem informa é Francisco Valim, presidente da Net, a este noticiário. "Se os canais estiverem disponíveis, nós os distribuiremos, desde que atendidos alguns critérios técnicos", diz o executivo. Ele explica que são questões com relação a interatividade, qualidade do sinal e outros aspectos que precisam ser ajustados para a TV por assinatura, onde o padrão de TV digital é diferente. Segundo Valim, a Net não tem a intenção de distribuir sinais apenas de uma geradora (a Globo, por exemplo).

O serviço de TV digital já é uma realidade hoje para cerca de 490 mil clientes da Net em todo o Brasil. E existem mais de um milhão de caixas digitais instaladas na base da Net, que poderiam receber serviços como interatividade (e em alguns níveis), guia de programação eletrônicos entre outros, além é claro da imagem e do som digital. Mas estas caixas não estão prontas para a alta definição. Ou seja, os usuários da Net (o mesmo vale para outras operadoras de cabo ou DTH) precisarão de uma outra caixa, preparada para a alta definição. A Net anunciou em agosto o plano de lançar um set-top deste tipo em dezembro.