No que depender da indústria, a expansão e a evolução dos serviços de banda larga passam pela integração das tecnologias fixas e móveis. Em debate realizado na tarde de hoje, no Fórum Íbero-americano para o desenvolvimento da banda larga, representantes dos diversos fabricantes praticamente foram unânimes em apontar essa convergência para que as redes possam expandir e os provedores ampliem a oferta de serviços aos usuários.
Para o presidente da Padtec, Jorge Salomão, o caminho está na integração das redes de fibra óptica e wireless. “A integração das duas reúne dois pontos: uma é a banda e outra é a mobilidade”, disse Salomão, para quem a tendência é a substituição do cobre nas redes fixas de acesso pela fibra e, na ponta, um acesso com mobilidade, o que levará “a uma medida efetiva de banda larga.”
O diretor de tecnologia da Nokia Siemens para América Latina, Wilson Cardoso, também apontou como tendência a “harmonização dos acessos em uma rede única”, com a evolução das redes para uma rede em pacote, com possibilidade de virtualização da rede e o compartilhamento de serviços, numa combinação de redes fixas e móveis.
Igualmente, Marcelo Motta, diretor da Huawei, apontou como tendência o acesso a todos os serviços por meio de um único provedor, com a rede única baseada em IP. “A rede vai evoluir para a oferta de serviços convergentes e fazer com que o usuário se conecte aos mais diversos conteúdos”, destacou.
O gerente da Motorola, Joeval Martins, também acredita na combinação das tecnologias, com o uso da rede de fibras já construídas e o acesso a última milha com tecnologia sem-fio como meio para a expansão de projetos de banda larga e de cobertura de cidades digitais.
Já Edvado Santos, gerente de assuntos corporativos da Ericsson, aposta mais na mobilidade. Estudos da Ericsson mostram que em 2014, o mundo terá 3,4 bilhões usuários de banda larga, sendo 80% desses acessos baseados em tecnologia móvel. “Para a Ericsson o futuro se dará na móvel”, afirmou.