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Amarc reage às acusções do presidente do Paraguai contra rádios comunitárias

La representación de Asociación Mundial de Radios Comunitarias en Paraguay (AMARC-Paraguay) y la Asociación Paraguaya de Comunicación Comunitaria (COMUNICA) han expresado su rechazo a las declaraciones del Presidente paraguayo Nicanor Duarte, que acusa a "radios comunitarias" del departamento de San Pedro de guardar explosivos como parte de una supuesta preparación de hechos de violencia a producirse en el marco de las elecciones nacionales del domingo 20 de abril.

En declaraciones a la prensa, Duarte afirmó que habría grupos "que están organizándose para desatar una ola de violencia inmediatamente después de consagrarse la victoria contundente del Partido Colorado el próximo domingo. (…) Tenemos la información de que estos grupos planean atacar estaciones de servicios y lugares públicos. También sabemos que en algunas radios comunitarias de San Pedro están ocultando elementos explosivos. Entonces los fiscales tienen que intervenir y realizar allanamientos”.

Hasta el día de ayer, el Fiscal General de la Nación no había recibido ninguna denuncia del presidente para iniciar investigaciones.

AMARC-ALC observa con preocupación esta situación, por el temor a que estas acusaciones irresponsables puedan ser un pretexto para reprimir a radios comunitarias del Paraguay que son independientes del gobierno. Nicanor Duarte no ha señalado qué radios estarían involucradas ni ha mostrado pruebas de sus afirmaciones.

El gobierno también ha anunciado enviar efectivos militares al departamento de San Pedro para evitar hechos violentos. AMARC-ALC espera que estas declaraciones no sean una justificación para una intervención violenta en contra del movimiento campesino y radios comunitarias que expresan los reclamos de estas comunidades.

Las expresiones de Nicanor Duarte fueron realizadas en el marco de una campaña electoral muy tensa, con muchas posibilidades que el Partido Colorado pierda las elecciones después de 60 años en el poder.

En un comunicado de prensa firmado por COMUNICA y AMARC-Paraguay, ambas organizaciones responsabilizan al gobierno de Paraguay por cualquier pérdida humana y material que puedan ocurrir, y anuncia que las comunidades están en estado de alerta y dispuestas a defender sus emisoras.

Frente nacional luta por reforma da mídia no México

Durante a constituição da Frente Nacional por uma Nova Lei de Mídia, da qual participaram 47 organizações civis mexicanas, o ex-senador Javier Corral Jurado exigiu do Senado da República que cumprisse a palavra empenhada de entregar, ainda este mês, um projeto de nova legislação em matéria de rádio e televisão.

No ato de apresentação da frente, Corral disse aos senadores que sugerem propor a reforma para o seguinte período de sessões: “Hoje como nunca, estão dadas as condições para legislar. Aqueles que propõem postergar o debate, na verdade buscam adiar novamente, de maneira indefinida, a decisão. A partir disso, negociam a não-reforma para tirar vantagem daqueles que ajudaram a derrubar”.

O ex-senador e presidente da Associação Mexicana de Direito à Informação (Amedi) afirmou: “É preciso aumentar o tamanho do campo, ter mais jogadores e um árbitro imparcial que não esteja capturado pelas emissoras de TV, para que a pluralidade exista na televisão e um punhado de pessoas não tenha a classe política em suas mãos, em detrimento da sociedade em geral”.

Lembrou aos legisladores o tratamento que Televisa e TvAzteca dão a eles quando atuam contra seus interesses: “Até parece que os coordenadores parlamentares no Senado não sabem o que aconteceu com eles nestes meses após a reforma eleitoral, o jeito como a televisão tem apagado eles das telinhas”.

E contou: “Vai ver que Manlio (Fabio Beltrones) não sabe que, enquanto ele e seus colegas coordenadores vão desaparecendo na cobertura, os governadores Peña Nieto, no estado do México; Ebrard, no Distrito Federal, e Emilio González, em Jalisco, passam por cima das reformas e entram na televisão por trás da fachada de novelas, programas especiais ou pela compra de entrevistas”.

Escutavam Corral personalidades como Carlos Monsiváis, o sacerdote Miguel Concha, artistas como Daniel Giménez Cacho, pesquisadores como Francisco José Paoli Bolio e Darío Ramírez, de Artículo 19; Aleyda Calleja, da Associação Mundial de Rádios Comunitárias; Edgar Cortez, da rede Todos os Direitos para Todos; jornalistas como Roberto Rock e Denise Dresser, entre outros.

O ex-senador apontou: “Nascemos hoje como frente para trabalhar todos os dias para que venha a reforma. O impulso social tem que se posicionar por sobre os interesses estritamente econômicos dos que dominam o rádio e a televisão”.

Aos senadores, Corral mencionou que na resolução da Suprema Corte – a propósito da ação de inconstitucionalidade promovida por meia centena de legisladores da passada legislatura – são formulados critérios e efeitos que são ineludíveis, não só para corrigir e sanar disposições anuladas, mas para legislar atendendo um conjunto de 23 recomendações contidas tanto no debate da resolução como no texto da sentença.

“Legislar para garantir a função social da mídia, a eficácia na prestação dos serviços, o uso social dos bens de domínio da nação e evitar fenômenos de concentração.”

Lembrou-lhes que a verdadeira ameaça para a liberdade de expressão “é a concentração da mídia em poucas mãos”. A Televisa, indicou Corral, é o único caso no mundo de uma concentração de freqüências muito alta. Essa empresa é o único caso no mundo que possui quatro sinais de televisão aberta (2, 4, 5 e 9) em uma única praça, a capital do país, “o espaço de saída necessário para outras redes nacionais”. Essa empresa tem, além disso, 56% das estações comerciais no México, e TvAzteca tem outros 38%.

Além disso, a Televisa possui 100% da televisão via satélite, 35% da fibra ótica e 38% do cabo, sublinhou.

Nesse ato, a escritora Denise Dresser disse que os grandes meios de comunicação se constituíram em poderes de fato, por cima das instituições, “com capacidade inclusive de dobrar a classe política à sua vontade, encarecer os processos eleitorais, cercear a liberdade de expressão dos indivíduos e determinar o curso das políticas públicas”.

Para conter os concessionários, disse, “é preciso um governo que atue como tal, que estabeleça as contenções suficientes e necessárias. Que imponha limites explícitos que possam garantir os direitos daqueles que resultem afetados pela mídia. Que garanta uma regulamentação que não funcione como uma mordaça, mas como um semáforo. Que regule os lucros legítimos em função de concessões transparentes”.

Em nome da Amedi, e como integrante da frente, Corral apresentou os pontos que deve conter a nova legislação: os direitos dos cidadãos a uma comunicação democrática; o serviço público que devem prestar as mídias eletrônicas e os direitos das audiências; o controle do Estado sobre o espectro de freqüências de rádio; aproveitamento pleno da convergência digital para todos os setores da sociedade; uma única lei para rádio e telecomunicações.

Da mesma maneira, um órgão regulador autônomo, com atribuições suficientes e responsabilidades específicas; direito de réplica; integridade dos conteúdos que evitem a censura; acesso universal e conectividade aos benefícios da convergência digital; liberdade, pluralidade, responsabilidade de acordo com padrões democráticos de liberdade de expressão; defesa dos interesses nacionais e tornar transparente o investimento estrangeiro; promoção das mídias autenticamente públicas, comunitárias e para povos e comunidades indígenas.

O sacerdote Miguel Concha, presidente do Centro de Direitos Humanos Fray Francisco de Vitoria, disse que “é hora de uma lei na qual por nenhuma circunstância a comunicação seja vista como negócio por cima dos direitos públicos”, e reconheceu que a proposta da Amedi, apresentada em 7 de novembro passado, é a mais acabada. Por sua vez, o ator Daniel Giménez Cacho ironizou: “Você tenta mudar de canal, mas acontece que você não pode, é sempre a mesma coisa”.

* Tradução: Naila Freitas / Verso Tradutores

Entidade de imprensa da Bolívia critica cobertura da reforma constitucional

A Confederação dos Trabalhadores de Imprensa da Bolívia enviou, na última quinta-feira (22), comunicado recomendando que os profissionais de comunicação do país trabalhem com ética para que a cobertura dos acontecimentos não seja 'unilateral'.

O comunicado foi motivado pela divulgação de um documento que trata da cobertura dos meios de comunicação sobre a reforma constitucional que irá a referendo no próximo domingo. Ao corroborar as informações contidas no documento, a Confederação 'reconhece que quase todos os meios de comunicação trataram de forma enviesada as informações a respeito da Constituinte'.

'Cremos que fazer um melhor jornalismo, quer dizer também analisar a notícia com ética. Se os jornalistas tivessem praticado este conjunto de passos, se evitaria a polícia informativa unilateral, que no caso da Constituinte destacam só o negativoe não os avanços', disse um representante da Confederação.

A entidade também aproveitou a oportunidade para condenar as agressões e ameaças que sofrem os jornalistas 'que dizem a verdade' e a linha informativa manipulada a que estão submetidos 'quase todos os meios de comunicação'. A Confederação também sugeriu iniciar 'uma batalha' para melhorar a qualidade de informação no país. 

Avanço das rádios comunitárias no Uruguai é exemplo para o Brasil, diz Abraço

Na semana passada, o senado uruguaio aprovou um projeto de lei que reconhece e obriga o Estado a promover e garantir a existência das rádios e TVs comunitárias. Nele está prevista a criação de um organismo com participação cidadã para dar maiores garantias para o funcionamento destes veículos. Também foram definidos procedimentos transparentes para as outorgas de transmissão e igualdade de oportunidades através de concursos abertos e públicos.

Diferente de outros países que impõem barreiras à cobertura destas emissoras, o projeto uruguaio diz que em nenhum caso a radiodifusão comunitária terá necessariamente um serviço de cobertura geográfica restrito. Tudo dependerá da disponibilidade de espaço e da proposta de comunicação da emissora.

Para o coordenador de comunicação e cultura da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço), José Guilherme Castro, vários países da América do Sul estão avançando positivamente na questão e deixam o Brasil numa situação cada vez mais vergonhosa.

“O direito de falar deixa de ser caso de polícia e passa a ser potencializado pelo Estado. Mudança de enfoque total. Que essas ondas de liberdade possam atingir o Brasil. Quem aqui no Brasil tem o dossiê que sabe o que é movimento de radiodifusão comunitária? É a Polícia Federal”.

De acordo com José Guilherme, nos últimos cinco anos cerca de cinco mil pessoas foram condenadas pela Justiça no Brasil por trabalharem com comunicação comunitária. Ele também destaca que o valor dos equipamentos apreendidos pela Polícia Federal representa mais do que o triplo dos recursos do Estado para projetos culturais.

Cuba prega Linux e critica dependência do Windows

O governo de Cuba decidiu pela adoção do Linux em 2005 e está pregando as vantagens ideológicas do software livre em 600 centros de informática montados pela União de Jovens Comunista em toda a ilha. "Com a expansão no uso do software livre, Cuba deixaria para trás sua dependência do sistema Windows e as possíveis exigências judiciais de seu proprietário, a gigante norte-americana Microsoft", afirmou o Juventud Rebelde, diário da União de Jovens Comunistas.

Ainda que a maioria dos computadores em operação no país empregue o sistema operacional da Microsoft, o governo pretende que metade das máquinas nos escritórios e ministérios migre para o Linux nos próximos três anos.

Mais de 3.880 cubanos passaram por cursos de Linux, de acordo com o Juventud Rebelde. "Diferentemente do programa criado pela empresa de Bill Gates, o Linux oferece, aos usuários que desejem estudá-lo, livre acesso ao seu código-fonte e a possibilidade de modificá-lo e assim reforçar a privacidade das informações", acrescentou o diário.

O Linux é um sistema operacional de fonte aberta, que pode ser acessada e modificada por programadores e foi desenvolvido pelo finlandês Linus Torvalds. O sistema se transformou em bandeira daqueles que se opõem ao predomínio da Microsoft no mercado.

Cuba dispõe de cerca de 380 mil computadores ou 3,4 máquinas por 100 habitantes. O governo do país acusa os Estados Unidos de prejudicar seu desenvolvimento tecnológico por meio de um embargo comercial que já dura 45 anos e limita a aquisição de equipamentos e o acesso à Internet. De acordo com as autoridades cubanas, o Linux está sendo usado na alfândega do país e em breve começará também a ser utilizado nos centros de educação superior.

Para as autoridades do país, envolvidas em uma guerra ideológica que já dura quase meio século contra os Estados Unidos, a migração para o Linux é assunto sério. "É um problema de soberania tecnológica, um problema de ideologia", disse Héctor Rodríguez, chefe de uma equipe de mil pessoas que desenvolve programas Linux na Universidade de Havana.

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