Moradores de localidades mais distantes sofrem com falta de orelhão

Hoje, 124 mil orelhões estão em manutenção em todo o país. A Anatel exige que as operadoras consertem os orelhões em até oito horas. Nas localidades mais distantes, o prazo é de até dez dias.

É um problema para milhares de brasileiros e atinge, principalmente, quem mora na região norte. Lá, em muitos lugares, não tem sinal de celular. A solução é o telefone público, mas é difícil encontrar um funcionando.

O Pará tem 30 mil telefones públicos, mas dez mil não funcionam. A principal concessionária de telefonia fixa do estado informou que, só esse ano, mais de 4.200 orelhões foram danificados por causa do vandalismo. A empresa teve que trocar, por exemplo, 900 coberturas. Além disso, tem os problemas com os aparelhos. Apenas circulando em um bairro da periferia de Belém, a equipe do Bom Dia Brasil constatou que vários telefones estão sem funcionar.

São tantos orelhões com defeito que a comerciante Fátima Brasil desistiu de vender cartões telefônicos. “Um dia está bom, outro dia não está. Para não ter estresse de o cliente chegar aqui gritando, devolvendo o cartão e eu devolvendo o dinheiro, eu preferi não comprar mais cartões”, aponta.

Hoje, segundo a Anatel, 124 mil orelhões estão em manutenção em todo o país, o que corresponde a 13% do total de telefones públicos. “Eu acho que falta conscientização das pessoas. Mas, por outro lado, as empresas responsáveis deixam muito a desejar”, avalia a pedagoga Edileusa Silva.

A Anatel exige que as operadoras consertem os orelhões em até oito horas, na maioria dos casos. Nas localidades mais distantes, o prazo é de até dez dias.

“É importante o cidadão saber disso, porque, se ele encontra na rua um orelhão que está com defeito, tem algum problema de funcionamento, ele deve reclamar junto à concessionária. E se a concessionária não resolver o problema, o cidadão pode registrar a reclamação que a Anatel entra em contato com a concessionária para resolver o problema desse orelhão”, garante o gerente de controle da Anatel, Juliano Stanzani.

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