Caso BBB: Justiça arquiva inquérito policial

A polêmica do suposto caso de estupro que movimentou o início da 12ª edição do Big Brother Brasil acabou arquivada na pilha de papeis da Justiça brasileira. Em um comunicado divulgado à imprensa na tarde desta terça-feira, 20, a Central Globo de Comunicação informou que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro encerrou, nesta mesma data, o inquérito que investigava o comportamento do ex-participante Daniel Echaniz.

Protagonista do primeiro caso de eliminação na história do reality show no País, o participante foi limado logo na segunda semana da competição, após uma forte onda de protestos de espectadores e internautas que, ao acompanhar o programa no pay-per-view, teriam ficado com a impressão de que Daniel teria tido uma relação sexual com outra participante, Monique, enquanto a moça estava desacordada.

O caso ganhou a atenção de toda a imprensa e se tornou, literalmente, caso de Polícia. Na ocasião, policiais da 32ª Delegacia de Polícia regional do Rio de Janeiro foram ao Projac para tomar o depoimento dos participantes e investigar o caso. Até o Ministério das Comunicações chegou a dizer que investigaria as imagens com atenção. Mesmo após Monique ter declarado que tudo o que houve dentro da casa havia sido consensual, a Globo optou por expulsar o participante. Em uma rápida e pouco esclarecedora justificativa, o apresentador Pedro Bial disse ao público, no dia 16 de janeiro, que Daniel havia sido expulso do reality por ter tido um comportamento muito inadequado.

O tempo passou, o programa continuou no ar e a Globo nunca mais tocou no assunto do caso oficialmente. Agora, no comunicado, a Central diz que “o Tribunal entendeu que, de acordo com o depoimento de Monique, não houve crime e arquivou o inquérito. Com isso, foi suspensa também a proibição de o modelo sair do País.”

A uma semana de seu termino, a 12ª edição do BBB, embora tenha recuperado sua audiência média nas últimas semanas, teve na expulsão de Daniel o seu único forte momento de repercussão. Apesar disso, como acontece em todos os anos, o programa já entrou no ar com o faturamento comercial garantido e suas cinco cotas máster de patrocínio vendidas – as marcas Fiat, Unilever (Omo), Niely, Schincariol (Devassa) e Ambev (Guaraná Antarctica) – são os cotistas dessa edição.

Mesmo assim, em seu primeiro mês no ar, a 12ª edição do BBB pode ter sentido os abalos negativos gerados pela polêmica. Segundo levantamento do Controle da Concorrência feito na época, os primeiros 30 dias da atração exibiram uma quantidade de ações de merchandising 25,38% inferior ao do BBB 11. Apesar disso, o volume dos intervalos comerciais do programa aumentou. No primeiro mês, 83 anunciantes diferentes exibiram suas marcas nos breaks do programa.

0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *