México cria Observatório para denunciar discriminação nos meios de comunicação

Por origem étnica, gênero, preferência sexual, descapacitados, condição social e de saúde, religião, opiniões, estado civil. Para discriminar existe sempre um motivo. Mas as consequências são sempre as mesmas: atenta contra a dignidade humana, pisoteia os direitos e liberdades, além de incitar a violência física e psicológica. Agora, o que acontece quando os meios de comunicação emitem conteúdos degenerativos? A resposta é que a discriminação se difunde e se fomenta em grande escala ao grau de converter estas práticas em situações aceitas e cometidas.

Para contra-atacar esta situação, foi lançado o Observatório Rostos da Discriminação (ORD), por iniciativa da Comissão de Direitos Humanos do Distrito Federal e do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OACNUDH), no México, em parceria com o Instituto Mexicano de Radio, a Universidade Iberoamericana e as Fundações Manuel Buendía (FMB) e Calaretiza AC.

Através de um mini-site e das redes sociais, o ORD permitirá que todo o público evidencie anúncios impressos, vídeos, declarações e personagens públicos ou qualquer mensagem discriminatória nos meios de comunicação e publicitário. Dentro de um ano, os organizadores realizarão um informe com a seleção dos melhores exemplos de discriminação e mostrarão os cidadãos mais envolvidos com Observadores pela Não Discriminação.

O observatório convida a publicar casos como o comercial de chocolate em que a atriz Anahí interpreta uma jovem que quando não come comporta-se como "uma criança”; as campanhas de um desodorante onde o homem se mostra como um dominador de qualquer mulher; ou a declaração de um deputado do Partido “Ação Nacional” em que assegura que a sociedade de Querétaro “não está preparada” para ter candidatos homossexuais em postos políticos.

Em sua página no Fecebook, o Observatório classifica e dá uma explicação de como as mensagens rastreadas pelo público são atos discriminatórios. Por exemplo, um post acerca do programa de televisão Las Lavanderas: o ORD explica que umas das condutoras questiona a dignidade de uma mulher ao rotular como "prostitutas” companheiras que trabalham em uma emissora por usar um determinado tipo de roupa íntima.

Esta iniciativa, foi dito durante a apresentação do ORD na terça-feira (04), contribui a "conformar setores cidadãos mais críticos e informados, com maior capacidade de exigir e, sobretudo, promotores de igualdade para todos os grupos da população”. Para eles, os interessados podem participar no Fecebook: Observatorio de Rostros de la Discriminación ou no Twitter: @observatorioRD.

O Site e o e-mail também estão disponíveis para o público.

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