Anatel e teles se reúnem com autoridades do Amazonas para discutir melhoria dos serviços

Está marcado para a próxima terça-feira, 11, em Manaus, o encontro entre representantes da Anatel e das operadoras e autoridades locais – representantes do governo estadual, do Legislativo, do Judiciário e da sociedade civil. A missão dos representantes do setor de telecomunicações será prestar contas das medidas que estão sendo adotadas para por fim à situação de descalabro dos serviços no estado e em toda a região Norte – orelhões que não funcionam, interrupções frequentes na telefonia fixa e cobertura deficiente da telefonia móvel, e qualidade ruim do sinal.

De acordo com levantamento da Anatel realizado em junho deste ano, 47% dos orelhões da Oi em Manaus não estavam funcionando.  O problema se estendia ao interior e atingia também os orelhões da Embratel, instalados em regiões fora da zona urbana. Ambas as operadoras informam que estão cumprindo o plano de ação pactuado com a Anatel, para colocar os orelhões em funcionamento.

Em relação às interrupções na rede fixa, a situação da região Norte – o problema também vem aumentado de expressão nos estados do Sul e no Sudeste – não é melhor.  A quantidade de interrupções da rede fixa por dez mil acessos em serviço foi de oito no Brasil em 2010, e de 25 “caladões” na região Norte. E o número de interrupções que afetaram 10% dos acessos em uma comunidade ou deixaram mudos mais de 50 mil usuários vem crescendo em todo o país, de acordo com levantamento da Anatel relativo a junho deste ano.

Se o movimento não fosse contido, com investimentos das operadoras na substituição de equipamentos velhos e melhoria da manutenção, as interrupções na telefonia fixa aumentariam em 50% em 2012.

Reversão do quadro

Segundo as duas maiores concessionárias – Oi e Telefônica –, essa previsão não deve se cumprir, pois os investimentos estão sendo realizados para reverter esse quadro. João de Deus Pinheiro de Macedo, diretor de planejamento executivo da Oi, explica que a operadora enfrentou um crescimento das interrupções na rede de telefonia fixa este ano – ela tinha conseguido reduzir o índice de 2009 para 2010, de 13 mil para 8 mil interrupções – em função do aumento da frequência de interrupção de energia nas pequenas cidades e comunidades. “São cidades com centrais de cinquenta, cem assinantes, onde não temos guardas de segurança para impedir o roubo de baterias”, explica. Quando falta energia e a bateria foi roubada, cai o serviço.

Para solucionar o problema, a Oi, além do trabalho de reposição das baterias, fortaleceu o sistema de manutenção das centrais de pequeno porte das regiões que estão sendo mais atingidas por quedas de energia. “Estamos programando também reuniões com as concessionárias de energia elétrica, de quem somos clientes, para discutir como podem melhorar o serviço de energia elétrica nessas áreas”, diz João de Deus.

Quanto ao aumento das interrupções do serviço de telefonia fixa, este ano, na região de concessão da antiga Brasil Telecom, incorporada pela Oi, João de Deus diz que o fato está relacionado a enchentes na região. E esclarece que também aí haverá um reforço na manutenção dos equipamentos.

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