Rádio Pulga promove ato pela liberdade de expressão no Rio

Saindo do Largo do São Francisco, próximo ao prédio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde a rádio está instalada, estudantes e ativistas caminharam até a sede da Anatel na tarde desta quarta-feira (28).

Carregando faixas e cartazes, alguns manifestantes estavam amordaçados para expressar o sentimento de opressão de quem teve a voz calada. O ato contou também com uma batucada de latas do começo ao fim.

O Diretor Regional da Anatel recebeu duas pessoas do coletivo da rádio livre para negociar. Contudo, disse que não iria devolver o transmissor. Para requerê-lo de volta, os manifestantes teriam que entrar com um processo assinado por algum representante da emissora, proposta recusada pelo coletivo da Pulga.

Os manifestantes também demonstraram seu descontentamento com a atitude da reitoria da UFRJ de permitir a entrada dos agentes e da polícia federal para a apreensão do transmissor no campus da universidade pública.

Eles também questionaram a ação da Anatel, que de acordo com os Defensores Públicos presentes no dia da apreensão, agiu de forma irregular. A agência não poderia levar o transmissor sem mandado judicial.

Paula Colares, que integra o coletivo da rádio livre, conta que a Pulga estava recentemente se aproximando de movimentos populares da região central da cidade do Rio, principalmente dos ligados à luta pela moradia.

Ela conta que, apesar de estar localizada dentro de UFRJ, a Pulga é uma rádio livre e não universitária. O coletivo contesta a necessidade de se ter concessão de radiodifusão para funcionar, e por isso “defende a ocupação das ondas livres do ar”, como explica Paula.

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