Banda larga móvel não vai superar fosso digital

Luís Osvaldo Grossmann – Convergência Digital

Enquanto o crescimento da internet no mundo é puxado principalmente pelas conexões móveis – e pela disseminação de smartphones e tablets – há diferenças fundamentais entre essas redes e as fixas, com implicações diretas na qualidade do acesso. E são essas diferenças que levam a União Internacional das Telecomunicações a ver com cautela as avaliações que somam os diferentes serviços.

A entidade ressalta que a atual capacidade e as velocidades da banda larga móvel não são páreo para as fixas, além de que as primeiras quase sempre vêm acompanhadas de franquias de dados – ou seja, uma quantidade limitada de bits a serem baixados incluídos no valor dos pacotes de serviço.

“Diferentemente dos países desenvolvidos, naqueles em desenvolvimento as tecnologias de banda larga móvel não aparecem como complementares, mas como substitutas das conexões fixas. Portanto, a banda larga móvel pode ajudar a reduzir, mas não a superar, a divisão”, destaca o estudo Medindo a Sociedade da Informação, relativo ao ano de 2011, que foi divulgado nesta quinta-feira, 15/9. “Há diferenças qualitativas”, insiste a estatística sênior da UIT, Esperanza Magpantay, responsável pela pesquisa.

A UIT lembra que velocidades menores “podem ser suficientes para o uso de e-mail e outros serviços muito básicos, mas são inadequadas para aplicações intensivas em dados e serviços”. Além disso, “a experiência atual dos consumidores de banda larga, tanto fixa quanto móvel, é em geral muito inferior à velocidade teórica ou anunciada”, completa o documento.

 

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