Cobrar por conteúdo? Principais jornais discutem a questão

A imprensa brasileira, assim como a economia, vive um momento diferenciado do que a européia e norte-americana. Enquanto nessas o consumo de jornais impressos já está estagnado e começa a cair, no Brasil o aumento da escolaridade e da renda faz a procura por informação crescer.

De olho nessa tendência de mercado, o 8° Seminário Nacional de Circulação da ANJ (Associação Nacional de Jornais) realizado em São Paulo nos dias 29 e 30/8 focou o futuro das publicações.

Para Antônio Manuel Teixeira Mendes, diretor-superintendente do Grupo Folha, oferecer várias versões do jornal em plataformas digitais atrai o público jovem.

"O jornal não é o suporte onde ele está [papel]. Considero que os jornais têm um futuro brilhante pela frente nos meios digitais", afirmou Mendes durante o evento.

Segundo a Folha de S.Paulo, as empresas de comunicação do País chegaram à conclusão de que esse é um bom momento para comercializar esse tipo de material, que pode gerar grande receita com a mudança de hábito dos leitores e com o aumento constante da publicidade online.

Agregar valor

"A cada dia em que não cobramos por nosso produto, estamos reforçando a ideia de que a informação é gratuita", afirmou no evento Walter de Mattos Júnior, presidente do Grupo Lance!.

Marcello Moraes, diretor-geral da Infoglobo, afirmou que os testes devem ocorrer nos próximos seis meses. "O tempo está a nosso favor, o que não é o caso nos mercados maduros", disse.

Para Silvio Genesini, presidente do Grupo Estado, o setor precisa se mostrar mais coeso em relação à cobrança do conteúdo digital.

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