Abert pede a Anatel comprovação da convivência entre WiMAX e parabólicas

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) vai enviar ofício à Anatel pedindo a suspensão da consulta pública sobre o edital de licitação da faixa de 3,5 GHz, até que a agência apresente estudos comprovando a convivência dos serviços móveis e fixos nessa frequência com o serviço de recepção de sinal de TV via satélite por antena parabólica, prestado na banda C. A entidade alega que, sem uma solução técnica viável, a interferência que será causada pelos equipamentos WiMAX irá inviabilizar o modelo atual de transmissão de TV no Brasil.

Durante seminário realizado nesta terça-feira (14) na Câmara, representantes das emissoras de TV e das empresas de satélite apresentaram resultados de testes preliminares e que comprovam essa interferência. Eles destacaram que a potência propostas para equipamentos WiMAX pela Anatel, de até 30 watts, está muito acima da usada pelos receptores das parabólicas e que ainda não existem filtros nem outras soluções tecnológicas capazes de superar o problema.

O diretor-geral da Abert, Luis Roberto Antonik, a TV via parabólica atende a mais de 72 milhões de pessoas, sendo que 40% delas têm nesse serviço a única opção de acessar a programação da televisão gratuita, especialmente aqueles que moram na zona rural. Ele lembrou que na proposta anterior da agência, a potência máxima para os equipamentos WiMAX era de 2 watts e que mesmo assim, já apresenta alguma interferência.

A consulta pública sobre o edital da faixa de 3,5 GHz está prevista para acabar na próxima semana, dia 24. A intenção do governo é de licitar a frequência ainda este ano, no intuito de massificar a banda larga. Para os radiodifusores, a penetração do acesso à internet é louvável, mas não pode decretar o fim de um serviço implantado com o objetivo de promover a integração nacional.

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