Com piora nos resultados de quase todos os serviços, Oi tem prejuízo de R$ 395 milhões no trimestre

A Oi anunciou nesta quinta, 28, os resultados operacionais e financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2011. O principal destaque do crescimento operacional da operadora foi a base de clientes dos serviços móveis, que somaram 41,5 milhões de assinantes (crescimento de 5,5% no trimestre) seguido pelos 19,7 milhões de assinantes dos serviços de telefonia fixa (perda de 1,4% no trimestre); 4,5 milhões de banda larga (247 mil novos clientes no trimestre); e 311 mil de TV por assinatura (crescimento de 13,1% no trimestre).

Em relação aos serviços de banda larga, a velocidade média dos clientes Velox passou a 1,91 Mbps em março de 2011, contra 1,68 Mbps no final do ano passado. Segundo o balanço, 14% da base já contrata serviços de 4 Mbps ou mais. Já os serviços 3G chegaram a 666 mil assinantes, sendo 420 mil usuários de mini-modems e 246 mil assinantes de pacotes de dados por celulares.

Receitas em queda

A receita por usuário na base de linhas fixas também vem caindo. Era de R$ 55,5 no primeiro trimestre de 2010 e e no final de março era de R$ 51,7. O ARPU da banda larga também está em queda, passando de R$ 42,1 no primeiro trimestre de 2010 para R$ 40,6 no primeiro trimestre de 2011. Também na telefonia móvel, a Oi teve ARPU declinante, indo de R$ 21,8 para R$ 20,7 entre o primeiro trimestre de 2010 e o primeiro trimestre de 2011.

Em termos financeiros, a receita bruta da Oi caiu 4,5% no primeiro trimestre em relação à registrada no final de 2010, totalizando R$ 10,899 bilhões. A receita líquida caiu 5% em um trimestre e 7,1% em relação ao mesmo período de 2010, fechando o primeiro trimestre de 2011 em R$ 6,933 bilhões. Houve queda de receitas em praticamente todas as estratificações feitas pela Oi. Uma das únicas exceções foi o serviço de dados e serviços de valor adicionado móveis, em que a receita cresceu 18% no ano. Já a receita de dados com a rede fixa ficou inalterada.

O EBITDA consolidado da Oi teve queda de 12,7% no primeiro trimestre e 21,8% nos 12 meses terminados em março de 2011, fechando em R$ 1,985 bilhão. A margem EBITDA também caiu de 34% no primeiro trimestre de 2010 para 28,6% no mesmo período de 2011.

Com tudo isso, o prejuízo concolidado no primeiro trimestre do ano foi de R$ 395 milhões, contra um lucro de R$ 518 milhões no mesmo período de 2010. A dívida líquida consolidada era de R$ 14,39 bilhões no primeiro trimestre, contra R$ 21,27 bilhões no mesmo período de 2010. Foi uma queda de 32,4% no endividamento.

O maior credor individual da Oi é o BNDES, com uma dívida de R$ 6 bilhões, praticamente metade do total devido pela empresa. Os dados apresentados referem-se sempre aos resultados da holding TNL, consolidados.

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