Anatel adia decisão do PGMU. Dilma quer melhor oferta na banda larga

Miriam Aquino – Tele Síntese

Por intervenção da presidente Dilma Rousseff, o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU III) foi adiado pelo Conselho Diretor da Anatel, que iria votar hoje a proposta final. Embora as negociações entre o governo e as concessionárias de telecomunicações quanto à oferta estivessem avançando, a presidenta não está satisfeita com a proposta apresentada pelas concessionárias, e por isso a Anatel decidiu adiar a aprovação do documento.

Fontes do governo informam que o pedido de vistas para a apreciação do relatório da conselheira Emilia Ribeiro foi feito pelo presidente da agência, Ronaldo Sardenberg. Embora a conselheira tenha defendido em seu voto a tese de que este PGMU devesse continuar a estabelecer metas de obrigações para a ampliação da capacidade do backhaul e para o aumento de sua capilaridade, não é esta a posição do governo, que entende que esta questão pode ser resolvida fora do PGMU.

O problema é a velocidade e o preço da banda larga sugeridos pelas concessionárias. A Oi oferece a banda larga popular, de 600 Kbps, por R$ 35,00 (com ICMS). A Telefônica ainda não tornou pública sua oferta, mas comenta-se que ela se fixou nos 300 Kbps. O ministro Paulo Bernardo, em entrevista ao Tele.Síntese, havia afirmado que essas ofertas em negociação embora ainda tímidas poderiam atender 80% dos lares, já que 52% das residências brasileiras com conexão têm velocidades menores que 256 Kbps. Mas a presidente achou pouco. Quer mais velocidade. As negociações serão retomadas.

 

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