Reforma da política industrial terá eixo para TICs

Ao revisar as políticas industriais do país, o governo vai definir medidas específicas para o setor de telecomunicações. A promessa é do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e sinaliza que houve sucesso nas negociações com as pastas da Fazenda e do Desenvolvimento.

A definição de política industrial voltada especialmente ao setor foi uma defesa do ministro logo que tomou posse. No sábado, 5/2, durante entrevista ao programa Na Varanda, realizado por blogueiros, jornalistas e integrantes do governo, a questão foi dada como certa.

“Estamos fazendo uma reforma na política industrial. Ela terá quatro eixos e um deles será ligados aos equipamentos de Tecnologias de Informação e Comunicações. Queremos incentivar fortemente essa indústria, até porque em grande parte o que temos no Brasil são montadoras”, disse Paulo Bernardo.

Durante a entrevista, transmitida pela internet e em clima descontraído, o ministro recebeu reclamações de pessoas que tiveram dificuldades de ouvir com uso de conexões do Gesac – os links via satélite contratados pelo Ministério das Comunicações que servem, essencialmente, como infraestrutura de acesso para telecentros.

O ministro afirmou que o programa Gesac está sendo expandido – serão conectados novos 11 mil pontos – mas não entrou no mérito da qualidade das conexões, principal ponto fraco da iniciativa. Na prática, são conexões de 512 kbps divididas por até 10 computadores. Segundo avaliação Minicom, cada máquina conta, em geral, com 40 kbps.

Paulo Bernardo disse, ainda, que nesta semana devem sair dois decretos com mudanças em ministérios, entre elas, a criação da Secretaria de Inclusão Digital no Minicom. Um dos decretos deve tratar das funções dessa nova estrutura, enquanto o outro permite a criação de funções gratificadas – ou seja, as vagas.

O ministro também voltou a falar sobre a definição de benefícios fiscais para os tablets. “O ministro Fernando Pimentel [Desenvolvimento] é favorável. Guido Mantega [Fazenda] à princípio é favorável. Mas temos que conversar com ele porque sempre tem o problema de orçamento. Quero fazer a conta de quanto é isso, mas acho que não vamos ter problemas e levar à presidenta uma proposta de baixar impostos”, explicou.

 

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