Operadoras querem assegurar participação no PNBL

O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, disse hoje em São Paulo que as operadoras de telecom não são contra o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), mas têm "uma perspectiva diferente" em relação ao serviço de banda larga que, para elas, é uma oportunidade de negócios. "O que foi apresentado como PNBL não inclui o setor privado, que tem redes, as quais poderiam ser agregadas ao que o governo tem", afirmou Azevedo, sugerindo que ao governo cabe o papel de ser um moderador de tarifas e um indutor de políticas para a sociedade e para a iniciativa privada investir. A Andrade Guetierrez integra o bloco de acionistas controladores da Oi.

 

As operadoras privadas, por meio do SindTelebrasil, estão questionando na justiça as metas de universalização propostas pela Anatel que deveriam começar a ser implementadas pelas concessionárias a partir de janeiro de 2011, e numa segunda ação questionam o próprio PNBL e a exclusividade dada à Telebrás no uso da infraestrutura de fibras ópticas do governo. Apesar das ações, que marcam uma ruptura do diálogo com o Executivo, Azevedo defendeu hoje que o Brasil foque mais em educação e no conhecimento dos jovens para que possa manter o crescimento sustentável. "O maior desafio do país é a inclusão do conhecimento. Temos uma das maiores população de jovens do mudo, temos que introduzir essas pessoas ao conhecimento para criar mais empreendedorismo, fomentar o desenvolvimento tecnológico e a capacidade para as empresas serem mais competitivas aqui e lá fora”, afirmou o executivo, ao participar do fórum Brazil Summit 2010, Decolando: Como Sustentar o Sucesso, promovido em São Paulo pela revista britânica The Economist.

 

Em entrevista, comentou que para a inclusão do conhecimento uma das "ferramentas é a banda larga" e que acredita o PNBL acabará "vindo" e que as empresas querem um entrosamento.

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