Presidente da EFE diz que agências públicas de notícias podem ser eficazes e competitivas

O presidente da agência espanhola de notícias EFE, Alex Grijelmo, disse ontem (21) que não devem existir diferenças no modelo de gestão das agências públicas e privadas. Grijelmo participou do 3º Congresso Mundial de Agências de Notícias, que termina hoje (22) na cidade argentina de Bariloche. "Há um preconceito segundo o qual uma agência pública não deveria trabalhar em busca do seu nicho de mercado, enquanto a privada buscaria a rentabilidade e não teria consciência do que seja um serviço público de informações", afirmou.

 

O executivo da EFE, também presidente do Conselho Mundial de Agências de Notícias, acredita que as agências públicas precisam ter a consciência de que prestam um serviço à sociedade e, além disso, podem ser administradas eficazmente na busca da competição de mercado, tanto em preços quanto em rentabilidade e na produção informativa.

 

Grijelmo enfatizou a necessidade de as agências de notícias, públicas e privadas, se unirem em torno de uma luta conjunta para evitar a pirataria de informações a partir das facilidades de acesso oferecida pela internet. "Estamos vivendo uma época em que a qualidade da informação é depreciada porque a maioria das pessoas considera que não há necessidade de pagar para receber informação fidedigna que tem um custo para ser produzida. Hoje, as notícias circulam muitas vezes sem que se conheça a sua fonte, pois a internet permite que as pessoas se tornem, elas mesmas, produtoras de informação que, muitas vezes, não é confiável".

 

Quanto ao jornalismo na internet, Alex Grijelmo considera que os profissionais da imprensa não têm como se desviar do desafio representado pela rede em seu trabalho. O jornalista, atualmente, precisa adaptar-se a uma nova atitude que o transforme em profissional mais ágil e muito mais competente nos diferentes suportes e ferramentas oferecidos na internet para a divulgação de notícias.

 

Grijelmo considera que o congresso de agências de notícias em Bariloche representa uma oportunidade não apenas para a troca de ideias e informações que enriquecem a atividade dos jornalistas, mas também para que as próprias agências possam estabelecer relações bilaterais para o fechamento de acordos e negócios.

0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *