Telebrás já tem demanda para 20 GB em conexões

A Telebrás ainda nem começou a oferecer conexões à internet no atacado, como previsto no Plano Nacional de Banda Larga, mas a divulgação da lista das 100 primeiras cidades beneficiadas com acesso ao backbone público já movimentou pequenos provedores. Até aqui, a estatal recebeu pedidos equivalentes a um tráfego de 20 GB.

Para efeito de comparação, trata-se de uma capacidade de tráfego semelhante à de toda a Rede Ipê, da Rede Nacional de Pesquisa, que interliga cerca de 400 instituições de ensino em todo o país.

“Entre provedores que já prestam serviço, a conta é de que poderão oferecer capacidades até cinco vezes superiores pagando o mesmo que pagam hoje”, completa Santanna.

A previsão do PNBL é de que a Telebrás oferte cada MB por R$ 230, valor que, segundo a estatal, é muito inferior ao praticado no mercado. “Faço diversas reuniões com provedores e ouço deles que o custo médio está em R$ 1,8 mil por MB”, diz o presidente da Telebrás.

Pregão

Mas a tarefa de colocar a rede de fibras óticas do setor elétrico e da Petrobras à disposição dos provedores interessados ainda depende da compra de equipamentos e serviços.

O primeiro dos quatro editais está em consulta pública – referente aos equipamentos DWDM (do inglês Dense Wavelength Division Multiplexing), tecnologia escolhida para “iluminar” as fibras óticas.

“O DWDM é a camada mais básica, sem ele não há como resolver os demais. Mas a ideia é que tudo esteja pronto para que o pregão eletrônico aconteça por volta de 15 de outubro”, calcula Santanna.

Além desse a estatal ainda precisa concluir as propostas relativas à camada IP (roteadores), aos equipamentos de rádio-enlace e aos serviços de infraestrutura, como a construção de torres.

“Na próxima semana deve ser apresentado o termo de referência sobre a camada IP e talvez o do rádio-enlace. No caso dos serviços de infraestrutura, podemos partir direto para o edital”, explica. Rogério Santanna mantém a meta de chegar as 100 cidades já escolhidas para a primeira fase do PNBL até dezembro. Confira a entrevista do presidente da Telebrás à CDTV, do portal Convergência Digital.

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