“A Cultura vai se transformar em uma antena pública”, diz sindicato dos jornalistas

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, José Augusto Camargo, criticou a postura de João Sayad no comando da Fundação Padre Anchieta, em entrevista concedida ao Portal da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Ele também avaliou a administração do PSDB e explicou a formação do "Movimento Salve Rádio e a TV Cultura", que tem o apoio da entidade.

De acordo com Camargo, Sayad pretende implantar uma administração que vai reduzir custos da emissora, demitir profissionais e deixar de ter produção própria. Segundo ele, essas propostas representam "a pequenez intelectual de uma elite que abriu mão de pensar um projeto nacional para o país".

"A TV Cultura irá se transformar em uma mera antena pública", disse Camargo, se referindo a possibilidade da emissora apenas retransmitir programas de outras produtoras.

"Salve a Cultura"

Camargo afirmou que as propostas do "Movimento Salve a Rádio e a TV Cultura" são evitar o desmonte das empresas da Fundação Padre Anchieta e criar um espaço de debate sobre a função das emissoras públicas e educativas no Brasil. Ele diz que a ideia surgiu de um grupo que via no canal 2 de São Paulo um espaço criativo e reflexivo diferenciado.

Administração do PSDB

O presidente do sindicato criticou a forma como o PSDB, paulista e de outros estados, trata a questão de manter uma TV pública. Camargo disse que os locais que são administrados pelo partido possuem emissoras "sucateadas".

"São Paulo não é o único estado onde o descaso do governo ameaça a TV pública. No Rio Grande do Sul, administrado pelo PSDB de Yeda Crusius, a TV Educativa também atravessa uma grande crise, inclusive com ameaça de despejo do prédio onde se encontra instalada", disse.

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