Banda larga já chegou nas cidades em que há pedidos de TV a cabo

Um bom ponto de partida para entender o potencial impacto da expansão da TV por assinatura é a listagem de 1,1 mil pedidos de concessões de cabo acumulados na Anatel desde 2000. Ressalte-se que esta listagem não contempla, por exemplo, o interesse de empresas como Oi, GVT e Embratel, três operadoras que declaradamente pretendem expandir a sua cobertura de TV por assinatura por meio de redes físicas e que ainda não estão na lista. Ao todo, estes pedidos estão restritos a 762 municípios. O que aconteceria se estas cidades passassem a ter uma operadora de TV por assinatura imediatamente?

Do ponto de vista de infraestrutura para banda larga, o impacto é quase nulo. Quase todas são atendidas por serviços de ADSL. Apenas 81 não têm nenhuma rede de acesso banda larga, e em 92 já existem outras operadoras de cabo, com redes de Internet em alta velocidade. E se forem consideradas outras tecnologias, há 210 cidades em que existe o atendimento à Internet em alta velocidade com redes de rádio ou fibra. Ou seja, mesmo nessas pequenas cidades em que existe demanda manifestada por redes de TV por assinatura, existe oferta do serviço de banda larga e a TV a cabo entraria apenas como complemento à oferta que já chega pelo DTH.

Olhando do ponto de vista do mercado, a população nesses 762 municípios em que a Anatel já recebeu pedidos de outorgas soma cerca de 68 milhões de pessoas, ou 20,3 milhões de domicílios. Mas excluindo aquelas 92 cidades cidades em que já existe operadores de TV por assinatura, o potencial de mercado nessas cidades é bem menor. A população das cidades em que há interesse manifestado por novas outorgas cai a 30 milhões e o total de domicílios, a 8,8 milhões.

Vale lembrar que a Anatel vai fazer uma verificação desses 1,1 mil pedidos antes de elaborar as regras para a outorga das novas concessões. O prazo para esse recadastramento de interessados é de 60 dias, que devem se encerrar em começo de outubro.

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