Telcomp aponta risco de concentração com aquisições

O presidente executivo da Telcomp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas), João Moura, considera, em teoria, a compra do controle da Vivo pela Telefónica e a parceria entre Oi e Portugal Telecom como positivas, mas se preocupa com a concentração do mercado e a possibilidade de afastar a vinda de novos investidores ao país. Ele defende uma atuação mais forte da Anatel para evitar restrições à competição.

“A compra da Vivo dará a oportunidade para a Telefônica, que está restrita ao estado de São Paulo, a expandir suas operações de telefonia fixa e acesso à internet para todo o país, por meio de licença de SCM (Serviço de Comunicação Multimídia), disse. Porém,  teme que o esforço financeiro para aquisição do controle da operadora móvel acabe adiando essa expansão.

No caso da parceria entre a Oi e a PT, Moura também aponta aspectos positivos, como a melhora do nível de investimentos, que até então estava aquém das exigências do mercado, e da própria governança corporativa da operadora, que ainda adota, em sua opinião, práticas anticompetitivas.

O presidente da Telcomp afirma que a preocupação é com o fato das duas operações anunciadas nesta quarta-feira (28) apontam para a formação de duas empresas muito grande, aumentando o nível de concentração do mercado. Ele lembra que fusão da Oi com a Brasil Telecom, que mudou a configuração do mercado e permitiu a operação da nova prestadora em 95% do território brasileiro, sequer foi julgada no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

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