Deputados veem oportunidades nas operações de telecom

O deputado Julio Semeghini (PSDB-SP) disse que a compra do controle da Vivo pela Telefónica só não foi prejudicial para o país porque a Portugal Telecom anunciou acordo para compra de participação na Oi. “A preocupação era que a operação resultasse na redução de países que investem no mercado de telecom no Brasil, que seria um passo para reduzir a competição”.

Semeghini avalia que a solução encontrada, da parceria da PT com a Oi evitará a redução de investidores e, de quebra, contribuirá para a consolidação da operadora brasileira. Porém, ressalta que é preciso assegurar que o controle da Oi continue nas mãos de controladores brasileiros. “Senão, irá na contramão de tudo que foi feito para aprovação da compra da Brasil Telecom para criação de uma grande empresa nacional do setor”, disse.

Para o deputado, as operações seguem a tendência mundial, de grandes concentrações no mercado de telecom. “Enfim, dos males, o menor”, concluiu.

Cumprir metas

O deputado Walter Pinheiro (PT-BA) disse que já esperava a compra do controle da Vivo pela Telefónica desde fevereiro deste ano, quando esteve em Portugal e viu a situação difícil da PT, que enfrentava críticas de acionistas contra a administração. De outra parte, considerou que a entrada da PT na Oi e a compra da participação dessa na operadora portuguesa ajudará a sua a entrada em outros países, especialmente os de língua portuguesa na África, como sempre desejou o governo.

“A entrada da PT na Oi é uma alternativa muito melhor do que o aumento da participação do BNDES na operadora, como já havia sido cogitado pela Oi para assegurar a sua capitalização”, disse Pinheiro. Ele espera que, com o reforço de caixa, a Oi cumpra as metas de ampliação da rede de banda larga e de investimentos em pesquisa e desenvolvimentos, incluídas entre as condicionantes para a compra da Brasil Telecom e que até agora não foram cumpridas por falta de recursos.

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