Governo quer conversor digital por R$ 17 mensais

Na última segunda-feira (12), representantes do governo e iniciativa privada iniciaram estudos para facilitar o acesso à TV digital. A ideia é baratear os conversores de sinal através de medidas como incentivos fiscais e novas linhas de crédito, que possibilitarão a compra parcelada a prestações de R$ 17.

A proposta do governo foi apresentada ao Fórum Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) pelo assessor especial da Presidência da República para a Área de Políticas Públicas em Comunicação, André Barbosa. Segundo ele, a meta é fazer com que a tecnologia chegue às classes D e E, que representam 30% da população brasileira. A porcentagem equivale a cerca de 16 milhões de famílias em um país com 54 milhões.

São várias medidas dentro da proposta. Além da ampliação das linhas de crédito para aquisição dos equipamentos através da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil – com prestações a preços populares -, também se pretende abater valores do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). De acordo com Barbosa, todas as propostas estarão prontas no prazo de seis meses.

O assessor ressalta que são vários os benefícios de se popularizar a TV digital. Além da qualidade superior na transmissão de som e imagem, a população passa a ter acesso a diversos serviços interativos, como marcação de consultas médicas no sistema público, além de educação à distância e compra de produtos.

O Brasil já vendeu mais de 2 milhões de televisores com 32 polegadas desde o início do ano, quando estes aparelhos passaram a ser obrigados a sair de fábrica já convertidos para receber o sinal digital. “Acreditamos chegar nos 5 milhões até o final do ano. Porém, estão sendo atendidas as classes C para cima, deixando de fora as classes D e E, que têm na televisão a sua única fonte de informação. Nossa proposta é chegar a essa população”, disse Barbosa.

Por decreto presidencial, o Brasil tem prazo até 2013 para tornar obrigatória a cobertura digital em todo o país, com a extinção do sistema analógico programada para 2016. Para o presidente do fórum, Frederico Nogueira, o país tem condições de bater essa meta, por ter avançado mais rápido do que grande parte dos países de mesmo perfil econômico.

Desde 2007, o processo de migração já atingiu 7 milhões de aparelhos, e Nogueira garante que a troca de governo não interfere no avanço das metas. “O Brasil já atingiu uma maturidade tão grande, tanto na área social quanto na econômica que, seja qual for o governo, será priorizada a política pública para a conclusão da migração da TV digital e inclusão das comunidades mais carentes”, explicou. Barbosa também comparou a mudança com a popularização dos computadores pessoais, cujo custo foi reduzido gradativamente em razão do aumento de demanda.

*com informações são da Agência Brasil.

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