Velocidade da banda larga deve ser meta de política pública?

As políticas de massificação da banda larga devem estabelecer metas de velocidade de dados a serem alcançadas? Esta foi uma das perguntas que dividiu os reguladores e governantes presentes ao seminário sobre banda larga organizado pela Ahciet, que ocorre em São Paulo.

Para Mindel de La Torre, chefe do birô internacional da agência reguladora norte-americana, a FCC, é importante que os governos estabeleçam metas númericas de velocidade de dados, para poderem avaliar os efeitos da política e seus resultados. Nos Estados Unidos o governo definiu, entre outras metas, que até 2015 todas as residências terão acesso à conexão banda larga de pelo menos 100  Mbps."Sabemos que é uma meta difícil de se atingir, e iremos reavaliá-la dentro de dois ou três anos", afirmou.

O representante da União Europeia, Paulo Lopes, por sua vez, afirmou que também a Europa preferiu estabelecer metas numéricas de conexão à banda larga, para sinalizar aos países integrantes do bloco os desafios a serem enfrentados. A Europa prevê acesso à banda larga a 30 Mbps para toda a população; e 50% dos lares com acesso a 100 Mbps até 2020.

Já para o coordenador de inclusão digital, Cezar Alvarez,o governo brasileiro não acha imprescindível estabelecer metas de velocidade, visto que a velocidade a ser entregue é aquela "socialmente demandada". Já o professor Raul Katz, da universidade de Columbia, defende que pelo menos nas grandes cidades latino-americanas, como São Paulo, Bogotá ou Caracas as redes tenham capacidade mínima de 5 Mbps, para conseguirem manter  o mesmo nível de produtividade a dos países industrializados.

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