Indefinição sobre Telebrás pode deixar Plano de Banda Larga para próximo governo

As indefinições existentes dentro do governo sobre o Plano Nacional de Banda Larga podem fazer com que a oferta do serviço fique mesmo para um próximo governo. A meta estipulada pela equipe do presidente Luis Inácio Lula da Silva é levar o sinal de internet a pelo menos 300 cidades ainda este ano. O assessor especial em Inclusão Digital da Casa Civil, Nelson Fugimoto, alertou porém que só haverá tempo de se concretizar esse número de municípios se a decisão sobre a reativação da Telebrás for tomada na reunião marcada para definir o Plano, em 5 de abril. A afirmação foi feita no Teia 2010, fórum de discussão do Ministério da Cultura.

A partir do momento em que houver uma decisão a favor da utilização da Telebrás, o governo pretende começar a tomar providências para tornar a rede pública existente no país (os 16 mil km de fibras óticas da Eletronet e mais 15 mil de outras empresas públicas) viável. O secretário de logística e TI do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, já afirmou, por exemplo, que o governo realizará um edital para a compra de hardware, software e serviços para viabilizar o uso de sua infraestrutura.

Segundo notícia publicada pelo site TeleTime, “o edital está avaliado em cerca de R$ 1 bilhão e envolverá a aquisição e instalação de equipamentos para fazer os enlaces de acesso a partir do backbone existente atualmente, as ferramentas e sistemas de gestão da rede e sistemas para atendimento e vendas”. A oferta da última milha seria feita por meio de parcerias com grandes e pequenos provedores de internet.

Nelson Fugimoto também deu a entender em sua participação no Teia 2010 que a proposta que será apresentada para avaliação do presidente Lula não inclui a possibilidade de transferência do serviço de oferta de internet do regime privado para o público. Segundo ele, essa mudança, além de dividir setores do governo, poderia estender a aplicação do Plano.

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