Para Alberto Dines, Brasil vive a época mais dura para o jornalismo

O jornalista  Albeto Dines, responsável pelo Observatório da Imprensa, afirmou que considera  esses últimos anos os mais difíceis para o jornalismo. “Fazer jornalismo hoje no Brasil e na América Latina está mais difícil que no passado recente. Antes éramos vítimas de uma só facção, hoje são várias, de todos os lados”, declarou Dines no seminário Liberdade de Expressão/Direito à Informação nas sociedades contemporâneas da América Latina, realizado nesta quinta-feira (25/03), em São Paulo.

O jornalista contou as “dez punições” que sofreu em sua carreira na imprensa. A última foi a “censura” no portal Último Segundo ao artigo “O azar do sortudo”, que tratava da visita de Lula a Cuba, na mesma semana em que Zapatta, um dissidente político, morreu em greve de fome em protesto ao governo cubano. “Era um artigo respeitoso, não ofendia o Lula, nem a ninguém. Mas eles disseram que não gostaram e me demitiram por telefone”, contou. O episódio aconteceu no dia 27/02.

Dines afirmou também que hoje a visão da imprensa é controlada por instituições patronais e outras entidades, como a Associação Nacional de Jornais (ANJ), profissionais da Universidade de Navarra e o Opus Dei, tese já defendida por ele em seus artigos.

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