Relatório aponta oito empresas de comunicação entre beneficiadas com recursos da Universal

Um relatório divulgado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que oito empresas de comunicação estão na lista das dez instituições mais beneficiadas por transferências eletrônicas vindas da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Na última terça-feira (11), a justiça decidiu acatar denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra o bispo Edir Macedo e mais nove integrantes da Universal, por lavagem de dinheiro.

As emissoras Record (2º), a Rede Mulher (4º), Editora Gráfica Universal (5º) e Rede Família de Comunicação (6º) são algumas das empresas listadas entre as dez mais beneficiadas com recursos da Igreja Universal.De acordo com os promotores do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o esquema de transferência seria sustentado com recursos do dízimo pago por fiéis, dinheiro não tributado, mas que deve ser aplicado em obras assistenciais. Valores recolhidos nos templos seriam enviados ao exterior por jatinhos, aplicados em paraísos fiscais e voltariam ao Brasil para ser investidos pelos réus.

Na investigação, os promotores baseiam-se em dados, como a aquisição de TV Record do Rio de Janeiro. A emissora foi comprada em nome de seis integrantes da Universal, que creditavam os recursos a empréstimos oriundos das empresas InvestHolding e Cableinvest. Essas instituições, localizadas em paraísos fiscais, recebiam dinheiro repassado a duas empresas de propriedade de membros da Igreja.

Em defesa, o advogado da Universal disse que as denúncias de movimentação irregular são recorrentes e, desde 1992, arquivadas. Segundo ele, os réus apresentarão documentos da Receita, que comprovam legalidade nas operações. A informação é do jornal O Estado de S.Paulo.

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