Intervozes lança nota contra criminalização do MST pela mídia comercial

Motivado pela forma como os grandes veículos de mídia repercutiram o desenrolar das ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocorridas entre o final de fevereiro e início de março, o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social divulgou nesta sexta-feira (6) nota que denuncia a ação orquestrada pelos meios de comunicação para criminalizar o movimento.

No texto, o Intervozes classifica a ação da mídia como uma sofisticada campanha ideológica, que também tem desdobramentos em outros setores da sociedade, como o judiciário. Para Rogério Tomaz Jr., membro da entidades, “a grande mídia endossa a criminalização e dissemina de forma sistemática, permanente e sofisticada o preconceito e a ira contra os movimentos e as lutas populares”. O coletivo ainda denuncia a ausência de crítica e reflexão da mídia comercial frente às declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que, segundo a nota, aderiu “sem pudores à militância e ao discurso ideológico da direita brasileira”.

O Intervozes coloca como uma das principais motivações para essa atuação dos veículos comerciais a falta de democracia na mídia e a concentração de propriedade no setor. E defende que “a luta do povo brasileiro por seus direitos não pode mais ser criminalizada, nem pelos meios de comunicação, nem pelo Estado. Deve, ao contrário, ser entendida como uma necessidade histórica de transformações sociais há muito esperadas em nosso país”. O conteúdo todo da nota está disponível na página eletrônica da organização: www.intervozes.org.br .

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