Primeiro embate da nova Oi envolve gestores e fundos

Surge o primeiro embate depois da criação da nova Oi. Os fundos de pensão Funcef, Previ e Petros, sócios e participantes da articulação para a criação da operadora, estão estranhando alguns critérios ligados à governança corporativa adotados pela nova gestão.

Entre outras coisas, os fundos reclamam de cancelamentos arbitrários de contratos e de ações relevantes tomadas sem que o conselho da operadora, do qual fazem parte, seja consultado.

A visão dos fundos é que parece haver pressa além do necessário para formar, na prática, a operadora originada da compra da Brasil Telecom pela Oi. O negócio foi concretizado no mês passado, após um ano e meio de negociações, por R$ 5,3 bilhões e criou a maior operadora do país, com receita anual de R$ 40 bilhões. A previsão de investimentos é de R$ 30 bilhões, até 2014.

O andamento apressado, dizem pessoas próximas aos fundos, poderá prejudicar a empresa futuramente.

Na operadora, o ritmo anda realmente acelerado. Com resultados agressivos prometidos ao mercado e aos acionistas, o objetivo é cortar custos com ganhos de sinergia, no menor tempo possível. A intenção foi reforçada por conta da crise.

O objetivo da operadora, anunciado durante o fechamento do negócio, é ter ganhos de sinergia da ordem de R$ 1 bilhão e reduzir custos em 4%, até 2012.

Para isso, alguns contratos feitos em duplicidade têm sido cancelados. A escolha é feita, alegadamente, por critérios técnicos e os cortes têm atingido tanto acordos feitos pela antiga Oi como outros da BrT.

A diminuição de fornecedores e contratos é uma das principais frentes para corte de custos da empresa, já que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que a nova Oi não faça demissões até abril de 2010.

Procurada, a Oi preferiu não comentar o assunto.

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