Anistia Internacional denuncia em comunicado ameaças à viúva de Barbon

Nesta sexta-feira (14), a Anistia Internacional divulgou um comunicado pedindo proteção à Katia Camargo, viúva do jornalista Luiz Carlos Barbon, assassinado na cidade de Porto ferreira (SP), em maio de 2007. A organização afirma que ela e seus filhos estariam correndo perigo e recebendo ameaças de pessoas vinculadas aos assassinos de seu marido, alguns dos quais continuam em liberdade.

Barbon era repórter do “Jornal do Porto”, publicação local. Ele havia investigado vários casos de corrupção e outros crimes que implicavam funcionários do estado; entre outros assuntos, investigou a relação da Polícia com grupos que roubavam carga de caminhões na estrada, e desvendou uma rede de prostituição infantil gerida por vereadores e empresários de Porto Ferreira.

Apesar de quatro agentes da polícia militar suspeitos do crime estarem sob custódia aguardando julgamento, Katia "tem sido seguida na rua por homens que ela reconheceu como sendo agentes da polícia fora de serviço, e diante de sua casa, situada em um bairro muito tranqüilo, passam regularmente carros e motocicletas. Em maio, quase foi atropelada por uma mulher que ela reconheceu como sendo a esposa de um dos policiais detidos", informou a nota da Anistia.

Segundo a entidade, recentemente a viúva de Barbon "viu um agente de polícia – que havia sido transferido para outra localidade após a investigação sobre o assassinato – em pé, em frente a um bar, sinalizando e a observando de madeira ameaçadora. Tiros foram disparados em frente ao escritório de seu advogado em outubro". Katia não teria denunciado nenhum dos incidentes à polícia temendo novos ataques.

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