Acesso à banda larga é desafio na Região Norte

Mais da metade dos municípios brasileiros possui políticas públicas para a inclusão digital. No Pará, que tem 7,4 milhões de habitantes (2 milhões só na Região Metropolitana de Belém), 46% dos acessos à internet são feitos de lan houses, 33% do local de trabalho, 28% de instituições de ensino e apenas um quarto em domicílios.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram apresentados pelo secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), João Weyl, na manhã de quinta-feira (6) durante a 7ª Oficina para Inclusão Digital, na plenária que discutiu “Conectividade: o desafio da banda larga”.

Além de João Weyl, participaram da plenária o secretário-adjunto da Secretaria de Logística Tecnologia e Informação/MP (do governo federal), Rodrigo Assumpção, e Franklin Coelho, do projeto Pirai Digital.

De acordo com João Weyl, cada vez mais um número representativo de pessoas acessa os serviços de conectividade em alta performance (banda larga), porém 80% da população do Norte ainda têm acesso discado.

Uma das metas do governo estadual, diz Weyl, é que até 2010 se amplie para 32 o número de mega bits para instituições e escolas públicas em todo o Pará. Segundo o secretário-adjunto, a tecnologia mais democrática para disponibilizar acesso à rede é a transmissão via rádio, por meio de aparelhos chamados back bones.

Políticas públicas

“Essa democratização do acesso à banda larga acontece, aqui no Estado, por meio de parcerias e metas de governo para políticas públicas de inclusão digital, através do NavegaPará, que é o mais ambicioso projeto de inclusão digital do país, pois vai interligar por meio de fibra óptica hospitais, escolas e órgãos de segurança pública”, informou Weyl.

Outros números do IBGE apontam para o grande interesse em acessar a rede e a necessidade de melhorias em banda larga: 70% das pessoas em todo o país acessam a internet para pesquisas educacionais, 47% para leitura de jornais e revistas on line e 43% para relações com órgãos de governo.

Franklin Coelho defendeu o acesso democrático à rede para as comunidades mais carentes. “Precisamos disponibilizar mais o acesso à informação e ao conhecimento, porque conectividade vai muito além de uma simples implantação de infra-estrutura”, reiterou.

A rede mundial de computadores, completou Franklin, quebra um marco legal nas leis de telecomunicações do país (sobre rádio e televisão) e democratiza o acesso à informação.

Segundo Rodrigo Assumpção, até o fim deste ano 20 mil escolas de todo o Brasil estarão conectadas à rede mundial de computadores e, em 2009 mais 20 mil. “Desta forma, aceleramos o acesso à informação aos alunos da rede pública de ensino”, finalizou.

A 7ª Oficina para Inclusão Digital começou na última terça-feira (4) e termina nesta sexta-feira (7) no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, com oficinas, plenárias e debates. Ao final do evento também será elaborada a Carta de Belém, com as principais propostas para inclusão digital no país e na América Latina.

O evento é realizado pelo governo federal, em cooperação com o governo do Estado, via Sedect e Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa)

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