Presidente da Oi descarta renegociação com Brasil Telecom

O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, afirmou nesta sexta-feira, 24, que independentemente da queda de cerca de 40% que as ações preferenciais da Brasil Telecom sofreram desde o anúncio do acordo em abril, a empresa pretende cumprir o contrato e o plano de negócios previsto para a aquisição da concorrente. Isso significa que a Oi não está disposta a renegociar nem o preço a ser pago pelas ações nem uma eventual multa de R$ 490 milhões, prevista caso a anuência prévia não saia até 21 de dezembro.

"Nós temos um contrato fechado e nós estamos tentando cumprir o contrato. Não existe essa possibilidade de tentar reabrir a negociação", disse ele. Falco disse que o plano de negócios usa o mercado apenas como "referência". "Ninguém faz business plan apoiado no mercado. Faz apoiado na geração de caixa, na geração de riqueza e isso independe dos valores das ações. Ainda para completar, a gente não imagina que os valores atuais vão continuar para sempre", afirma.

Anuência prévia

O executivo se mostrou esperançoso com relação à aprovação da anuência prévia antes de 21 de dezembro. Segundo ele, desde maio a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já está de posse de uma série de documentos usados para avaliar se não haverá ingerência no controle da BrT pela Oi, o que fere a Resolução 101/99 da Anatel.

Segundo o executivo, esses documentos são muito similares à papelada que a agência precisa avaliar para conceder ou não a anuência prévia. Ele ainda lembrou que no caso da Vésper/Embratel a anuência prévia foi concedida em aproximadamente 30 dias. "No nosso caso, se o governo tiver vontade isso poderá ser feito em 30 dias. Isso vai depender muito do dia que o decreto sair".

Recursos

O presidente da Oi lembrou que 85% dos recursos para a aquisição da BrT já foram captados. Para o restante do capital, Falco admite que as opções de financiamento de longo prazo – 30 anos, por exemplo – ficaram mais difíceis ou simplesmente deixaram de existir, mas ainda há opções de curto prazo. Além disso, segundo ele, a Oi sempre está entre as 10 melhores companhias do setor nos ratings das agências de risco.

Para 2009 a Oi mantém todos os planos de investimento. "Estamos mantendo todos os investimentos programados para 2009, porque nós já estamos com o dinheiro dentro de casa. Caso a economia não volte a circular em um prazo de 12 meses a gente pode então rever nossos planos para 2010, mas para 2009 está tudo absolutamente mantido", diz ele.

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