Globo cancela debates em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Curitiba

A TV Globo vai cancelar o debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Curitiba. Talvez a cidade de São Luiz também fique de fora.

Em comunicado, a Rede Globo afirma que não conseguiu um acordo com os candidatos com pior colocação nas pesquisas e que têm representação na Câmara dos Deputados, para que desistam do debate.

O fato é que, pela Lei Eleitoral, qualquer emissora é obrigada a chamar todos os candidatos que têm representação na Câmara, mas a Globo queria fazer o debate com os mais bem classificados nas pesquisas. Seis, no caso do Rio, cinco, no caso de São Paulo. Nas demais cidades, o comunicado da Rede Globo não informa quantos candidatos estavam previstos.

“A imprensa deve cobrir o que é notícia, de forma livre e espontânea: aqueles que, ao longo do processo, ganham densidade eleitoral são mais bem cobertos, crescem nas pesquisas e asseguram um lugar nos debates. É assim a dinâmica no mundo democrático. É como deveria ser aqui também”, justifica a Rede Globo.

A emissora argumenta que, para que um acordo fosse feito, deu mais cobertura nas prévias eleitorais para os candidatos com menor visibilidade nas campanhas. “Esta cobertura já foi ao ar”, diz a Rede Globo.

“A experiência comprova que debates com mais de cinco não são proveitosos: o tempo destinado à discussão de cada assunto se torna exíguo demais, e o debate acaba simplesmente não acontecendo”.

No Rio, dos dez candidatos, um não assinou o acordo: Paulo Ramos, do PDT. Em São Paulo, dos oito candidatos, três se negaram a assinar o acordo: Ciro Moura, do PTC, Ivan Valente, do PSOL, e Renato Reichmann, do PMN.

A Rede Globo não informa quais seriam os candidatos que não aprovaram o acordo em Fortaleza ou Curitiba.

No caso de um segundo turno, o debate está garantido e acontece em 24/10 (sexta-feira).

A Rede Globo pede que os governantes revejam a lei eleitoral: “A TV Globo lamenta que estas restrições na lei eleitoral a impeçam de promover um evento que tem se mostrado valioso em eleições passadas – e espera que a sociedade e seus representantes, em Brasília, reflitam sobre a questão.”

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