Nos EUA, carta às agências chama atenção para LGBT

Uma carta distribuída às agências de publicidade dos Estados Unidos chama a atenção para a visão estereotipada com a qual elas tratam as lésbicas, gays, bissexuais e transgênero, comunidade representada pela sigla LGBT.

Ela foi escrita por Michal Wilke, diretor executivo da Commercial Closet Association, uma ONG fundada em 2001 com o intuito de indicar à indústria publicitária dos Estados Unidos as melhores maneiras de lidar com esse público na propaganda. Dentre os que assinam o documento estão representantes de entidades como a American Association of Advertising Agencies, a AAAA, além de integrantes do poder público e presidentes de agências.

A idéia é que a indústria "reexamine qualquer idéia de que o convencionamento sobre estereótipos, homofobia e transfobia possam ser considerado algo bem sucedido como mensagem para vender produtos". Em entrevista, Wilke disse que a ação não foi originada por um incidente em particular, mas por uma "massa crítica de coisa que estão sendo seguidos pela mídia, que tem potencial para mudar".

Ele citou peças recentes de Nike e Snickers, que foram consideradas homofóbicas, como parte dessa "massa crítica". Ele considera que a resposta rápida de anunciantes envolvidos em casos como esses é um sinal de mudança. "Mais do que no passado, os anunciantes estão derrubando peças insensatas quando percebem que elas não estão sendo bem-recebidas. E o fazem, geralmente, com um pedido de desculpas", diz Wilke.

Algumas agências estão começando a ficar mais organizadas em seus esforços junto ao público LGBT. A Arnold, do grupo Havas, por exemplo, criou uma rede multicultural de funcionários, para criar maior lembrança sobre questões ligadas à diversidade. "As marcas já se perguntam como podem começar a incorporar questões LGBT em suas campanhas", diz Katie Kelly, produtora associada da Arnold.

Do AdAge.

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