Programa facilita compra de laptops por professores

Comprar laptops ficará mais fácil para cerca de 3,4 milhões de professores do ensino básico ao universitário. O estímulo vem do Programa Computador Portátil para Professores, lançado no último dia 4, em Brasília, pelo presidente Lula, acompanhado dos ministros da Educação, Fernando Haddad, das Comunicações, Hélio Costa, e da chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministra Dilma Rousseff.

A novidade, concretizada pelo Decreto nº 6.504, permitirá aos professores a aquisição de computadores portáteis, em condições facilitadas, com preço à vista de até R$ 1 mil e frete e seguros incluídos. O Ministério da Educação (MEC) estima que os equipamentos sairão em torno de 35% mais baratos que os disponíveis no mercado atualmente.

A iniciativa faz parte da política de informatização das escolas brasileiras, em que também se insere o acordo celebrado em abril pelo Ministério das Comunicações e as concessionárias de telecomunicações, pelo qual as últimas se comprometem a levar internet às mais de 55 mil escolas brasileiras até 2010. Com o novo programa, a aposta é que, além de poderem pagar mais facilmente pelas máquinas, os educadores incorporem cada vez mais as novas tecnologias ao ensino e às suas metodologias.

"A idéia é proporcionar ao professor, através deste equipamento, desenvolver conteúdos pedagógicos a partir da interação com a tecnologia da informação", informou ao Guia das Cidades Digitais Nelson Fujimoto, responsável por estruturar o programa na equipe do assessor especial da Presidência para inclusão digital, César Alvarez.

O ministro da Educação partilha da mesma opinião. "O acesso à rede mundial de computadores vai permitir a atualização de práticas pedagógicas que se valem da tecnologia da informação, e o professor é o mais interessado em se habilitar para ensinar melhor”, afirmou Haddad, durante o lançamento do programa, na última sexta-feira.

As condições

Poderão se beneficiar do programa educadores das redes pública e privada, dos vários níveis de ensino: básico, fundamental, médio e universitário. Professores de cursinhos pré-vestibulares, de escolas de música e de idiomas e de academias de ginástica ficam de fora do programa.

O pagamento poderá ser parcelado em até dois anos, nos bancos credenciados, com taxas de juros que irão variar de 1,4% e 1,8% ao mês. No caso do pagamento à vista, o professor deverá ir a uma agência dos Correios, que será responsável pela logística do programa, ou a uma agência bancária credenciada e escolher entre as configurações de computadores disponíveis. Cada pessoa poderá comprar apenas um computador. O controle será feito pelo CPF de cada professor.

As vendas começam em setembro, nas capitais. A previsão é de que haja 12 mil pontos de venda em todo o país, já que os computadores serão adquiridos nas agências dos Correios. Segundo anunciou César Alvarez na cerimônia de lançamento do programa, será possível também a aquisição pela internet.

Para realizar o financiamento, o professor deverá apresentar os documentos necessários (por exemplo, carteira de identificação de professor) em uma agência dos Correios ou no banco. Será possível descontar o valor da parcela diretamente na folha de pagamento. Após a liberação do financiamento, o computador será entregue em casa em cerca de 20 dias.

Além dos Correios, o programa conta também com a adesão de empresas fabricantes de computadores, de bancos públicos e privados e de criação de linha de empréstimo para aquisição dos equipamentos.

Opiniões

Para Justina de Araújo Silva, presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a idéia é boa. Porém, ela prefere esperar a regulamentação do programa, a ser feita pelo MEC, para dar uma opinião mais embasada. "Em princípio, parece positivo. A expectativa é boa, mas preferimos aguardar a regulamentação para opinar por completo", diz.

Em entrevista à Agência Brasil, a secretária-executiva do Conselho de Secretários Estaduais de Educação (Consed), Wanessa Sechim, lembrou que fala-se muito em inclusão digital de alunos e que, com o programa, será possível incrementar a inclusão digital dos professores. "Acreditamos que vai favorecer diretamente a metodologia de ensino e o planejamento educacional”, disse ela à agência.

Para Fujimoto, da Presidência da República, o programa é complementar aos projetos de Cidades Digitais. "Podemos dizer que o Computador Portátil para Professores e os projetos de Cidades Digitais são políticas que visam difundir as tecnologia de informação e comunicação (TICs), com o objetivo de inclusão digital. No caso do projeto de cidades digitais, a idéia é dotar as respectivas cidades com infra-estrutura de redes e acesso à internet com banda larga. Portanto, facilitará em muito para que os professores possam, a partir do computador portátil, obter o acesso a rede mundial da internet", avalia.

Já o secretário para assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee), José Thadeu de Almeida, defende enfaticamente ações que vão além de simplesmente dar a possibilidade de comprar a máquina a preços reduzidos. "Não há dúvida de que o programa é importante, para buscarmos a inclusão digital dos professores", reconhece.

"Mas não podem faltar outros dois elementos fundamentais: primeiro, a formação dos professores. Não só a continuada, para aqueles que já lecionam, mas a inclusão do computador como ferramenta de construção de conhecimento no currículo das faculdades. Segundo, é importante ter acoplado a isso um processo de acesso a banda larga", completa. Para Almeida, é preciso esse entendimento completo do processo, para que o laptop não seja apenas instrumento de auto-informação dos professores, "mas uma ferramenta didático-pedagógica", conclui.

As condições de compra

Poderão se beneficiar do programa educadores das redes pública e privada, dos vários níveis de ensino: básico, fundamental, médio e universitário. Professores de cursinhos pré-vestibulares, de escolas de música e de idiomas e de academias de ginástica ficam de fora do programa.

O pagamento poderá ser parcelado em até dois anos, nos bancos credenciados, com taxas de juros que irão variar de 1,4% e 1,8% ao mês. No caso do pagamento à vista, o professor deverá ir a uma agência dos Correios, que será responsável pela logística do programa, ou a uma agência bancária credenciada e escolher entre as configurações de computadores disponíveis. Cada pessoa poderá comprar apenas um computador. O controle será feito pelo CPF de cada professor.

As vendas começam em setembro, nas capitais. A previsão é de que haja 12 mil pontos de venda em todo o país, já que os computadores serão adquiridos nas agências dos Correios. Segundo anunciou César Alvarez na cerimônia de lançamento do programa, será possível também a aquisição pela internet.

Para realizar o financiamento, o professor deverá apresentar os documentos necessários (por exemplo, carteira de identificação de professor) em uma agência dos Correios ou no banco. Será possível descontar o valor da parcela diretamente na folha de pagamento. Após a liberação do financiamento, o computador será entregue em casa em cerca de 20 dias.

Além dos Correios, o programa conta também com a adesão de empresas fabricantes de computadores, de bancos públicos e privados e de criação de linha de empréstimo para aquisição dos equipamentos.

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