Não há crescimento de mercado sem conteúdo nacional, diz Rangel

Presidente da Ancine – Agência Nacional do Cinema, Manoel Rangel, diz que a indústria nacional de conteúdo audiovisual será bem-sucedida, caso as redes de distribuição, e neste caso o executivo inclui a infra-estrutura de telecomunicações, também venham a ser negócios de sucesso. Rangel defende uma aliança entre os provedores nacionais de conteúdo, incluindo produtores, programadores e empresas de rede.

O executivo é um dos palestrantes do 52º Painel Telebrasil, que acontece de 04 a 08 de junho, na Costa de Sauípe, na Bahia. Segundo Manoel Rangel, "em todos os países desenvolvidos existem órgãos públicos responsáveis por lidar com as questões relativas à regulação econômica do audiovisual".

Segundo ele, no Brasil, a Ancine é o orgão do Estado Nacional que tem os esses objetivos, expressos na legislação para estimular o fortalecimento da produção audiovisual independente, além de promover a competitividade da indústria audiovisual brasileira.

Cabe à Ancine, destaca ainda Rangel, garantir que as obras audiovisuais nacional estejam presentes em todos os segmentos do mercado audiovisual nacional. O órgão registra as obras audiovisuais exibidas no Brasil e das empresas que atuam com conteúdos audiovisuais.

Segundo Rangel, o 52º Painel Telebrasil é uma oportunidade para que empresas de telecomunicações, de radiodifusão, programadores e produtores possam expor suas idéias sobre a convergência. "Acreditamos que os serviços audiovisuais que já trafegam e trafegarão cada vez mais nas redes de telecomunicações serão mais bem-sucedidos quando mais bem-sucedida for a indústria nacional de conteúdos audiovisuais", destaca o presidente da Ancine.

Rangel observa que o mercado de televisão paga no Brasil é muito pequeno – relativamente o segundo menor do continente norte-americano. "É preciso fazer esse mercado crescer, agregando novos consumidores, ofertando serviços audiovisuais mais baratos e que incorporem a presença de conteúdos audiovisuais brasileiros, que tenham a cara do país", destaca.

Segundo ainda o presidente da Ancine, está comprovado: não há possibilidade de crescimento de mercado sem o conteúdo nacional. No Brasil, a venda de ingressos em cinema só cresce quando cresce a bilheteria dos filmes nacionais. O imenso sucesso da televisão aberta brasileira repousa em sua forte produção de conteúdo nacional.

Com os serviços audiovisuais que trafegam nas redes, afirma Rangel, ocorrerá o mesmo. O presidente da Ancine defende uma aliança entre provedores nacionais de conteúdos, incluindo produtores e programadores, e empresas de redes capaz de fomentar o mercado de serviços audiovisuais, seja a televisão paga, seja o vídeo por demanda.

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