Samsung lança primeiro celular para TV digital e Vivo comercializa até abril

Durante solenidade em Campinas, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro das Comunicações, Hélio Costa, e dos ministros Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e Sérgio Rezende, de Ciência e Tecnologia, a Samsung apresentou oficialmente o primeiro aparelho celular capaz de receber o sinal de TV digital transmitido pelas emissoras de TV aberta no Brasil, nesta terça-feira, 4. O presidente Lula e os ministros não discursaram nem falaram com os jornalistas.

O aparelho inicialmente será comercializado pela Vivo entre o final de março e início de abril, com a tecnologia GSM. A estimativa da Samsung é que até o final do ano sejam vendidas cerca de 50 mil unidades. "A expectativa é bastante positiva, dada a característica dos brasileiros que gostam muito do conteúdo da TV aberta", afirma Oswaldo Mello, diretor de telecom da Samsung.

O executivo explica que a negociação com a Vivo avançou mais rapidamente e, por isso, a operadora está saindo na frente das concorrentes. Segundo ele, dentro de algumas semanas as demais teles móveis estarão com o produto em seus portfolios. A estimativa da Samsung é que o preço para o consumidor fique entre R$ 1.599 e R$ 1.699. A Vivo – que também está oferecendo um terminal da Semp Toshiba compatível com a TV digital – diz que ainda não sabe o preço final do produto.

TV para pré e pós-pago

Hilton Mendes, diretor de desenvolvimento de terminais da Vivo, explica que o preço dos produtos é definido mais perto das vendas. "Os produtos estão sendo tratados como telefones normais dentro da Vivo. Vão estar disponíveis em todos os planos, tanto para clientes pré quanto pós-pagos. Apenas estamos tomando cuidado para não vender onde ainda não haja sinal da TV digital para não frustrar os clientes", diz Mendes. Por se tratar de sinal de TV aberta, o serviço de transmissão é gratuito, e independe da relação operadora/cliente.
O modelo da Samsung é compatível com as redes 3G (HSDPA), mas o da Semp Toshiba, não. "Hoje, existem vários modelos de aparelhos 3G no mercado, mesmo que a operadora não tenha rede. Isto não é um problema", afirma o diretor da Vivo.

A Samsung também venderá o aparelho desbloqueado, capaz de aceitar o chip de qualquer operadora. Mas ainda não fechou nenhum contrato com revendedores, que normalmente são os grandes varejistas. Mello diz também que até o fim do ano a empresa lançará mais um ou dois modelos compatíveis com TV digital em uma faixa de preço menor.

A bateria do aparelho da Samsung tem duração estimada de três horas e meia de uso contínuo da TV. Já a Vivo informa que a duração da bateria do aparelho da Semp Toshiba pode variar de três a cinco horas, dependendo da distância que o aparelho está da antena do radiodifusor e dos ajustes de brilho, contraste, etc.

Público-alvo

Mendes, da Vivo, afirma que a operadora está conduzindo pesquisas para tentar identificar qual será o perfil de usuário desses aparelhos. De antemão, no entanto, ele afirma que o público é bastante diversificado. "Podem ser homens que querem ver o jogo de domingo durante uma festa de criança. As mulheres que gostam de novela. As crianças enquanto os pais dirigem, entre outros", diz ele. Mendes ainda acredita que o aparelho terá um grande apelo durante as Olimpíadas de Pequim, para ver os jogos.

Oswaldo Mello, da Samsung, ainda acredita que o aparelho terá um apelo forte entre as pessoas que não moram em São Paulo, mas que vêm à cidade freqüentemente. "Será objeto de desejo dessas pessoas, não tenho a menor dúvida", diz.

A transmissão do sinal da TV digital é feita pela rede dos radiodifusores e pode ser sintonizada gratuitamente pelos dispositivos móveis compatíveis, não só celular. Com o término das especificações do Ginga – midleware brasileiro (elemento do sistema de TV digital responsável pela interatividade e pelos aplicativos), as operadoras poderão auferir alguma receita com serviços baseados em interatividade, como votação por SMS entre outros. "Algumas vezes, como nesse caso, há um benefício indireto para a operadora, que é atrair ou fidelizar clientes através de um serviço inovador. No decorrer do tempo, desenvolveremos novos serviços com os radiodifusores", afirma Mendes, da Vivo.

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