Estudo revela desigualdade digital no Brasil

Enquanto as novas tecnologias dominam o mercado da telefonia, radiodifusão e informática, o Brasil ainda mantém índices totalmente discrepantes quando o assunto é o acesso digital da população. A falta de infra-estrutura e de projetos que possam atender, na prática, as populações das comunidades mais remotas, por exemplo, são os principais pontos de entrave para a ampliação da redes.
 
O tema serviu de base para o trabalho da RITLA – Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana – que mapeou as desigualdades as desigualdades digitais no País.
 
Embora o crescimento do acesso ao computador e à Internet nos domicílios brasileiros tenha sido de 62,9% entre 2001 e 2005, os índices ainda são inferiores ao de países da América Latina, como Chile, Costa Rica, Uruguai e Argentina.
 
O Brasil, que já é considerado um celeiro de talentos em pesquisa e desenvolvimento, e que abriga muitas das maiores empresas produtoras de tecnologia, é somente o 76ª colocado entre os 193 países do mundo pesquisados
pela União Internacional de Telecomunicação (UIT), no que se refere ao acesso digital.
 
A falta de democratização de acesso pode ser uma das razões. Números demonstram que nos grupos de menor renda, o acesso à internet via centros gratuitos é de 0,6%, enquanto na faixa de renda mais elevada esse índice ultrapassa 4%. Entre os estudantes do ensino fundamental, só 2,5% dos mais pobres usaram computador na escola. Esse índice sobe para 37,3% no grupo de alunos de maior nível de renda.

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