Anatel arrecada R$ 5.338 bi com leilão da terceira geração de celulares

Terminou nesta quinta-feira, 20/12, depois de três dias de pregão, a venda das 44 licenças de Terceira Geração no Brasil. A Anatel arrecadou R$ 5.338.728,474,58, o que significa um ágio de 86,65% em relação ao preço mínimo fixado – R$ 2,8 bi.

A Claro foi a operadora que mais investiu: R$ 1.426 bi, seguida da TIM, com R$ 1.324 bi e da Vivo, com R$ 1,047 bi. O ágio alcançado – muito acima do esperado – foi determinado pela presença da Nextel, que no primeiro dia, "puxou para cima" o custo das licenças.

O leilão teve no seu último dia, um protesto formal formulado pela TIM contra a Claro, desconsiderado, no entanto, pela Comissão organizadora do leilão. O protesto é relativo à apresentação da contraproposta da Claro – segundo a TIM feita fora do prazo determinado de 15 minutos pela organização do leilão na disputa por uma licença na área II, da Brasil Telecom.

A TIM levou a licença, mas teve que pagar R$ 528 milhões, o que significou um ágio de 222,6% em relação ao preço mínimo estipulado pela Anatel -R$ 163,669. 720,21. A proposta ficou R$ 50 milhões mais cara, após o repique apresentado e, acatado, pela comissão organizadora pela Claro, que ao final, deixou a disputa, após o repique final da TIM.

O protesto da TIM movimentou o último dia do leilão da venda das freqüências de 3G. No entanto, a Comissão de Licitação do pregão decidiu desconsiderar o protesto formulado pela operadora. Segundo a organização, caberá, agora, à operadora TIM entrar, se quiser, com um recurso entrar com recurso junto à Anatel, de acordo com o previsto no regulamento do edital da venda das licenças, para que o fato apresentado venha a ser, posteriormente, analisado pela Agência Reguladora.

Convergência Digital  

Com a desconsideração do protesto da TIM, a Comissão de Organização deu por encerrado o leilão da venda das 44 licenças disponíveis para a Terceira Geração. A disputa fez a Anatel arrecadar R$ 5,338,728,474,58, o que significa um ágio final de 86,65%. A Agência também divulgou a relação por empresa de todos os lances apresentados no leilão.

A Claro foi à empresa que apresentou maior volume de lances – R$ 1,426,155,100. Em seguida veio a TIM – R$ 1.324.671.655,00. Em terceiro lugar despontou a Vivo, com R$ 1.047,693,000,00. Em seguida ficou a Oi com R$ 867.017,200,00 milhões. A Brasil Telecom investiu R$ 488.235.040,00.

A Telemig Celular, comprada pela Vivo, aportou R$ 53.535.000,00. Os recursos, vale observar, foram todos investidos em Minas Gerais.  A CTBC pagou R$ 31.421.079,58, também por licenças na sua área de atuação.

A Nextel, que determinou uma supervalorização dos preços das licenças na área I – RJ, ES, BA e SE, e também na faixa J, da área 2, da Brasil Telecom, todas licitadas no primeiro dia do leilão, terminou não levando nenhuma licença.

Nesta quinta-feira, 20/12, foram vendidas as licenças relativas ao Estado de Minas Gerais – com exceção da área do Triângulo Mineiro. Vivo, Claro, TIM e Oi, sem nenhuma surpresa, arremataram as licenças.

A TIM ficou com a faixa G – 10 MHz + 10 MHz – por R$ 40.559,848,00, um ágio de 44,58%¨. Já a Oi levou a faixa I – também de 10 MHz + 10 MHz – por R$ 42.815.600,00, o que significou um ágio de 52,62%. Os preços mínimos dessas áreas eram de R$ 28.053.745,16.

O leilão foi fechado com a venda das licenças no Norte do Paraná – Londrina e Itamarana – área da Sercomtel Celular, que não disputou o pregão. Essas áreas foram levadas, também sem surpresa, pelas operadoras Vivo, Brasil Telecom, TIM e Claro. Vale lembrar que no leilão das sobras do SMP, Vivo e Claro travaram um duelo pela região e a Claro pagou um alto valor pelas freqüências na área.

A Vivo ficou com faixa J, pagando R$ 3.953.000,00, o que determinou um ágio de 36,57%. A Brasil Telecom ficou com a faixa F – a que equivale a maior freqüência – 15 MHz + 15 MHz – pagando R$ 5.235.040,00, o que significou um ágio de 20,57%. A TIM levou a faixa G – 10 MHz + 10 MHz – por R$ 4.177.347,00, um ágio de 44,32%.

Já a última faixa, a I, ficou com a Claro, que pagou R$ 4,402.000, um ágio de 52,08%. O preço mínimo para as faixas J, G e I era de R$ 2.894.507,53. Para a faixa F, arrematada pela BrT, o preço mínimo era de R$ 4.341.761,30.

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